O Estado A Que Chegámos
Leonor Wellenkamp Carretas e Beatriz Wellenkamp Carretas15 de junho
18h00
Feira do Livro de Coimbra (Praça do Comércio)
Entrada livreSINOPSE
Num futuro distópico, o regime - liderado pela União Progressista - procura eliminar qualquer forma de resistência antes que o descontentamento público se transforme em desobediência civil. A solução: o julgamento público do caso “quem mais ordena”. Salgueiro Maia Jr., o arguido deste julgamento, sabe bem, por ter ainda presente na sua memória recente, que o espetáculo em que se vê forçosamente envolvido não é a forma de expressão de uma democracia moderna, mas sim a opressão necessária, mascarada de entretenimento, de uma ditadura em construção. Que papel pode ter neste julgamento, sabendo-se já condenado? Ao tornar-se uma “projeção de todos nós”, talvez consiga, pelo menos, espelhar a opressão do estado em que vivemos. Em “O Estado a que chegámos”, acompanhamos o julgamento de Salgueiro Maia Jr num tribunal de júri televisivo em que todos os portugueses são jurados. Ao público deste espetáculo, como se de o público deste universo se tratasse, será pedida a votação.O PROJETO
As Leituras Encenadas d’A Fantasia Futurista são as primeiras apresentações públicas dos textos vencedores este concurso de novas dramaturgias lusófonas. No seguimento do lançamento do livro “A Fantasia Futurista – Dramaturgia lusófona nos 50 anos de Abril" que compila estes cinco textos no passado dia 21 de março (e que está disponível para compra na OMT), e da leitura pública de todos os textos ao longo de abril, o grupo de intérpretes que fez parte dessa primeira ronda de leituras encenadas vai levar até à Feira do Livro de Coimbra a leitura de "O Estado a Que Chegámos". Este grupo foi selecionado a partir de mais de 30 candidaturas que recebemos em resposta à call lançada em fevereiro deste ano. É composto por pessoas da comunidade entre os 19 e 73 anos, com e sem experiência teatral, que trabalharam sob a direção de Marco Antonio Rodrigues.A Fantasia Futurista é o principal projeto que o Teatrão criou para assinalar os 50 anos do 25 de Abril. O cinquentenário do 25 de Abril, como modelo basilar de revolução cidadã, é um marco do Ocidente. Neste sentido, continua a ser bandeira e horizonte de utopias, humanidades e solidariedades, e também marca a refundação de uma lusofonia. Assim nasce A Fantasia Futurista, um concurso de dramaturgia lançado em fevereiro de 2023 e que recebe 117 candidaturas oriundas de Portugal, Brasil, Itália, Argentina e São Tomé e Príncipe. O convite foi feito a autores de toda a lusofonia para desenvolver um texto dramático a partir de uma provocação temática desenvolvida por Valério Romão. O desafio articulado por Valério colocava o cenário do renascimento da liderança mais emblemática dos Capitães de Abril, Salgueiro Maia, na sequência de uma experiencia científica de clonagem de seres humanos.
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