17:30 até às 19:00
CURSOS DE PRIMAVERA — MURALHAS E FORTIFICAÇÕES NO PORTO: DAS MURALHAS A MUROS: OS QUARTÉIS DO PORTO 1793—2023

CURSOS DE PRIMAVERA — MURALHAS E FORTIFICAÇÕES NO PORTO: DAS MURALHAS A MUROS: OS QUARTÉIS DO PORTO 1793—2023

Com Sérgio Veludo

Ao longo de mais de 2000 anos, a cidade do Porto foi sendo protegida por diferentes sistemas de muralhas e fortificações. O estudo destas estruturas oferecem-nos uma perspetiva singular sobre a cidade, permitindo redescobrir a sua geografia, a evolução das dinâmicas urbanas e as transformações dos contextos políticos, económicos e sociais. Este curso é uma oportunidade para conhecer os dados mais recentes da investigação nesta área, desde os vestígios mais antigos, como é exemplo a muralha castreja identificada no logradouro do aljube eclesiástico, até às linhas defensivas do Cerco do Porto no século XIX.

A partir de 1793 com o projeto e construção, com projeto de Reinaldo Oudinot, do Quartel de Santo Ovídio, destinado a albergar 1601 homens do 2º Regimento de Infantaria do Porto, mais tarde o Infantaria 18, temos a primeira unidade militar da cidade do Porto construída de raiz para sede de um contingente, não sendo um aglomerado de barracões de madeira como ainda sucedia com o Infantaria 6, posicionado quase em frente ao Palácio dos Carrancas, não sendo uma Fortaleza como em São da Foz ou um Convento ou Mosteiro transformado como sucederia a muitos destes após a Guerra Civil de 1828-1834. Mas a partir deste Quartel de Santo Ovídio, a coroar a atual Praça da República e hoje Comando do Pessoal do Exército Português, e já foi do Infantaria 18, albergou uma bateria de Artilharia 4 antes de passarem à Serra do Pilar, Caçadores, Quartel General da Região Militar do Norte, outros se seguirão, ou de raiz ou transformados, como o Quartel de Infantaria 6, construído na Regeneração, que foi sede de Metralhadoras 3, Centro de Instrução de Condução Auto 2, e depois do 25 de Abril passando à vida Civil como Reitoria da Universidade do Porto e agora parte com o ICBAS. Mas muitos mais foram construídos, como o do Monte Pedral, Bom Pastor, S. Brás, Circunvalação e mesmo S. Bento da Vitória como reutilização de um Convento. Estes nomes traduzem a mudança do paradigma de defesa da Cidade e do País. Já o Porto não fica guardado com muralhas mas sim com Quartéis de Infantaria, Cavalaria, Artilharia ou Engenharia que com as suas guarnições passam a atuar como projeção de forças em caso de conflito, mesmo interno. Foi assim já no 24 de Agosto de 1820, no 31 de Janeiro de 1891 ou no 3 de Fevereiro de 1927. Se fortificações se levantaram foram efémeras paliçadas ou trincheiras, pois a última grande estrutura militar do Porto foi o Quartel do VIso, à Circunvalação, dentro do programa de modernização das Forças Armadas iniciado na década de 1940 e estendido às seguintes, com o programa CANIFA. Construído no início da década de 1950 e para albergar um contingente de 1000 homens, neste caso o Regimento de Infantaria Nº6, depois o RASP, e atualmente o Regimento de Transmissões. Esta Muralha da Circunvalação já não prende o Porto nem para dentro nem para fora da estrada e da Cidade, mas sim simboliza, se quisermos o compromisso de Portugal com a NATO.

BILHETES

Entrada: 2 euros / 1 euro com cartão Porto por sessão

Bilhetes disponíveis na bilheteira online e no local. Limitados a 40 participantes

ENDEREÇO

Porta Poente do Parque Urbano da Pasteleira
Rua de Gomes Eanes de Azurara, s/n 4150-362 Porto
GPS: 41.151579, -8.662588

AUTOCARROS

200, 2004, 207, 504.

Fonte: https://museudoporto.pt/recurso/cursos-de-primavera-muralhas-e-fortificacoes-no-porto-das-muralhas-a-muros-os-quarteis-do-porto-1793-2023/
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