Re-corrente é o título da exposição que, no Moinho do Papel, apresenta trabalhos dos alunos da turma 11º I, do curso de Artes Visuais, da Escola Secundária de Francisco Rodrigues Lobo, cujo referente é a água. A água é pensada e assumida como valor essencial para avida, mas também como mote para o sonho e para a imaginação. Na mostra, contrastam e complementam-se: gamas de azuis que referenciam a própriaagua, com os castanhosn e os ocres da terra que é marcada pela sua falta. toda a corrente de propostas surge organizada sob o mesmo denominador comum - o estudo “Inventário Hidrológico de Portugal”. As páginas do livro surgem aqui como oportunidades em aberto que instigam a releitura da presença da água nas nossas vidas. O desafio foi feito aos alunos no decurso de uma conversa que tive oportunidade de fazer com eles na sua escola a convite da professora de Filosofia, Sofia Fazendeiro, no âmbito da análise e compreensão da experiência estética - Filosofia da Arte, na qual ela me propôs estabelecer possíveis aproximações à definição da arte, partindo do meu próprio trabalho artístico. Pretende-se continuar, no Moinho do Papel, lugar de produção e de transformação desse mesmo material, um caminho que se faz como redescoberta e reinvenção que vai da teoria à prática e da prática à teoria.
Rita Gaspar Vieira, maio, 2024
A exposição inaugura no dia 4 de junho, pelas 15h00, na Sala Multimédia do Moinho do Papel e poderá ser visitada até setembro de 2024.
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