Das Tripas Coração é uma performance criada e interpretada por Diana Queirós, inserida na investigação do mestrado em Artes Cénicas na ESMAE. Trata-se de uma performance explorativa, com foco principal na criação de um objecto cénico e a relação entre o corpo e esse mesmo objecto. Observar o que resta desse corpo quando já não tem a carga do mesmo, que marcas ficaram, como reagiram ambos a essa simbiose. A carga e o esforço físico exigido, estão inevitavelmente ligados a um esforço mental, esta performance alimenta-se também do não palpável para a sua narrativa, a carga invisível, que todos carregamos, umas mais pesadas do que outras, e propõe-se a de igual modo explorar o que resta de nós quando essa carga desaparece. Será que nos queremos libertar dessa carga quando esse peso é tudo o que conhecemos? A performance Das Tripas Coração tem dois momentos: um tangível e um etéreo. O primeiro momento inicia-se com um percurso a pé pela zona do Rio Douro carregando o objecto criado até ao auditório situado em Miragaia, é nesse segundo momento que entramos numa espécie de subconsciente, das lutas internas com as nossas cargas e o que nos prende. Por vezes as cordas que achamos que nos ajudam a segurar a carga, são na realidade as cordas que nos estão a sufocar. Esta performance é uma homenagem a todas as carquejeiras que lutaram diariamente pelas suas famílias e pela sobrevivência. A todos aqueles que passaram e passam pela luta diária com os seus próprios demónios. A todos os que fazem das tripas coração para carregarem as suas cargas até ao dia em que possam ser leves. Das Tripas Coração tem data única de apresentação no dia 14 de maio no Porto. Inicia-se às 21h num percurso que parte na beira rio, Rua do Ouro, nº223 e que tem continuação às 21h30 no Auditório Grupo Musical de Miragaia. Os bilhetes para a performance custam 3,50€ e podem ser reservados através do e-mail online@confederacao.pt. O levantamento de bilhetes é feito no dia do espetáculo, a partir das 20h, no Auditório Grupo Musical de Miragaia. O espetáculo conta com produção, direção artística, coreografia, cenografia, construção e figurinos de Diana Queirós, com a composição musical de Riça, auxílio à coreografia de Douglas Melo e desenho de luz de Bruno Pacheco.