A degradação do jornalismo que se publica em Portugal é exponenciada pela degradação das condições laborais de quem o produz. Nas redacções, vive-se em sobrecarga, com graves dificuldades de conciliação entre a vida profissional e a familiar, salários baixos e falta de estabilidade, da entrada à saída da profissão. Ao mesmo tempo, exige-se cada vez mais notícias produzidas em menos tempo e com menos apoio para resolver dilemas éticos.
É por isso que na greve geral de jornalistas desta quinta-feira, - a primeira em 40 anos - se pede a solidariedade de todas as cidadãs e cidadãos em defesa do jornalismo de qualidade e da democracia. Nas concentrações em várias cidades do continente e ilhas, exigem-se condições para produzir jornalismo digno e que sirva o interesse público.
Em Lisboa, junto ao antigo bairro dos jornais (de onde foram expulsas as redações, também elas, pela expeculação imobiliária) convoca-se uma concentração por jornalismo digno, com microfone aberto e música de A Garota Não, Fado Bicha e Gaspar e Sebastião Varela (Expresso Transatlântico).
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