DO TEMPO E DAS NUVENS UMA EXPOSIÇÃO DE ISABEL MEDEIROS COM CURADORIA CARA LAVADA
Do Tempo e das Nuvens é o nome da exposição proposta pela jovem artista micaelense Isabel Medeiros, com curadoria do coletivo CARA LAVADA. A inauguração está marcada para dia 2 de fevereiro, às 18h30, no Museu Carlos Machado – Núcleo de Santo André, momento em que acontecerá também a exibição da curta-metragem Aclarar, realizada pela artista. É do esquecimento e da memória que nasce Do Tempo e das Nuvens. Nesta exposição, que tem como sujeito a erupção dos Capelinhos, Isabel Medeiros debruça-se sobre a inevitável metamorfose lacunar indissociável da mente e da paisagem. A alquimia da lembrança é como o fungo que faz uma paisagem dar lugar a outra numa mutação contínua que se prolifera na memória individual e coletiva. A partir das recordações dos seus avós, que testemunharam a explosão do Vulcão dos Capelinhos, na Ilha do Faial, em 1957, Isabel Medeiros foca o esquecimento pessoal em paralelo com a transformação da paisagem do vulcão e as consequências do tempo sobre os arquivos físicos relativos à erupção: o crescimento de fungos nos documentos devido à passagem do tempo e exposição à humidade. Através de vários formatos de expressão visual e plástica, Isabel Medeiros mantém viva uma pulsação que permite que o vulcão e as memórias dele se transformem na perpetuidade que é atribuída a este acontecimento que será sempre uma pequena grande história, independentemente da variabilidade das lembranças a ele associadas — tanto físicas como intangíveis.
Este projeto divide-se em 2 dimensões: a plástica, com a exposição Do Tempo e das Nuvens; e a cinematográfica, com a curta-metragem Aclarar. A exposição estará aberta ao público entre 2 de fevereiro e 20 de maio de 2024.
Sinopse de Aclarar: Os fungos que cresceram no arquivo físico da erupção do Vulcão dos Capelinhos (1957, Ilha do Faial) deterioraram as imagens, transformando-as, da mesma forma que o tempo alterou a memória de quem o viveu. A partir dos esquecimentos e memórias dos seus avós, Isabel Medeiros constrói um foto-filme que se centra na memória e nas suas falhas, propondo a ideia de esquecimento como um fungo.
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