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Inauguração exposição “O Que Fica para Trás” de Catarina Nunes

Inauguração exposição “O Que Fica para Trás” de Catarina Nunes

“O Que Fica para Trás” de Catarina Nunes Exposição de artes plásticas

Inauguração: 27 de janeiro às 16h00 27 de janeiro a 2 de março de 2024 Espaço Biblos (Rua dos Bombeiros Voluntários 5) Fundão

"O Que Fica para Trás" mergulha nas nuances do tempo, explorando a intricada dualidade entre avanço e permanência. Durante a residência artística, ao percorrer os vestígios das minas, debruço-me sobre os fragmentos no solo, dispersos como migalhas. Retalhos de uma rotina que seriam apanhados amanhã, e que, duas décadas depois, se transformam em fios para tecer estórias.

Penso nas substâncias que caíram no chão, acumulando camadas que agora eternizam os nossos passos para a posteridade. Nas partículas que foram engolidas inadvertidamente por corpos marcados por essas rotinas, inscrevendo novas geografias perversas em seus interiores.

Nesta jornada pelos resíduos do tempo, contemplo não apenas o que foi deixado para trás, mas como os vestígios, aparentemente efêmeros, transcendem o imediato e transformam-se em testemunhos tangíveis da complexa relação entre passado e presente.

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Nota bio

Catarina Nunes nasceu em Luanda, em 1978, repartiu a sua formação entre a licenciatura “Design - Tecnologia Cerâmica” pela ESAD-CR, e o mestrado de “Cerâmica Contemporânea na Tama Art University, Tóquio com uma bolsa do Monbukagakusho. Estudou ainda “Design de cerâmica e vidro” na University of Central England, Birmingham através do programa “Erasmus”.

No seu desenvolvimento artístico dedicou grande parte do processo criativo à pesquisa e compreensão das possibilidades físicas e de significação do material cerâmico.

No caminho percorrido no Japão surgiu uma nova relação com o mundo. O estudo da cerimónia do chá, intrinsecamente relacionado com a filosofia Zen e o Wabi-Sabi, abriram portas à colocação de questões relacionadas com a confrontação e aceitação da efemeridade da matéria escultórica.

As suas instalações exploram cenários de relação conceptual e física entre o corpo humano e a escultura cerâmica. Por vezes é colocada a questão da dessacralização do objecto de arte, através da facilitação intencional da escultura. Nestas ocasiões é permitida a interacção entre a obra de arte e o público: como uma experiência individual, quando o público toca directamente na obra de arte, ou partilhada, quando as peças são tocadas por outros performers e apresentadas através da documentação em vídeo ou fotografia.

Nas suas conceptualizações há uma mimetização de estudos biológicos ligados a um encanto pela natureza e pela sua interpretação científica. A sua inspiração estética prende-se a uma sensibilidade aquática já que passou grande parte da vida perto da costa ou em vários contextos insulares (Açores, Japão, Inglaterra). Recentemente, em residência artística, percorreu o Deserto da Namíbia, onde surge uma nova ramificação exploratória que conduz a sua inspiração para o vento, a aridez, e as superfícies rochosas.

No projecto “Extremophilarum” faz um cruzamento intencional entre a arte e a ciência, iniciando uma colaboração com a artista Mariana Ramos.

Expõe regularmente desde 1998 em exposições colectivas e individuais.

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ARS Investigação Desenvolvimento, Projecto Pontes, Município do Fundão, República Portuguesa – Cultura, Direção Geral das Artes

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