Com Rita Pires dos Santos
Na área da mediação cultural perpetua-se a prática de criação de propostas “especiais”, exclusivamente para pessoas “especiais”, em dias e horários “especiais”. Desta forma, as organizações culturais reforçam a segregação das pessoas com necessidades específicas e, consequentemente, os estereótipos através dos quais se olha e se interage com elas.
Se procuramos construir uma sociedade inclusiva e mais equitativa, devemos empenhar-nos na criação de espaços e propostas que possam ser partilhados por diversas pessoas, dando atenção e cuidando das necessidades específicas de cada uma. Defendemos uma visão mais holística, um acesso equitativo, que pressupõe, também, por parte das instituições culturais uma maior abertura e compreensão da diversidade que existe na sociedade. Acreditamos que a mediação cultural desempenha um importante papel no estabelecimento e reforço das relações entre as instituições e as pessoas.
É possível pensarmos de raiz actividades que possam acolher qualquer pessoa de forma respeitosa e informada? Fará sempre sentido? Quais os desafios que poderemos enfrentar? Esta acção de capacitação terá uma primeira parte mais teórica e de reflexão sobre casos de estudo concretos, para podermos considerar a relevância e o potencial da educação/mediação cultural na construção de uma sociedade mais equitativa. Munidos destes vários elementos, iremos, de seguida, virar o foco para a nossa programação educativa, através de um exercício prático.
Mais informações e inscrições: https://acessocultura.org/mediacao-cultural-inclusiva/