Bairro – Fórum de Cultura Espaço de diálogo e encontro com experiências de base. Palavras soltas que expressam o conjunto das inquietações de quem habita, vive e programa no bairro. Rotinas de processos culturais observados no decurso do tempo. Dia a dia e a evolução da relação entre as pessoas e as ações estrangeiras. Visão experimentada da transformação e dinâmicas sociais operadas sobre a comunidade. O bairro enquanto fórum de cultura e costumes. Dia 9 – 17H30 Local: Círculo Católico de Operários do Porto Rua Duque Loulé, 202 – Porto António Soares – Grupo Musical de Miragaia Manuel Pereira – Associação Recreativa Desportiva São Pedro de Miragaia Dia 10 – 17h30 Local: Grupo Musical de Miragaia Rua Armenia, 10/18 (ao Largo Artur Arcos) – Porto José Campinho e Miguel Ramos – Círculo Católico de Operários do Porto Domingos Martins – Federação das Coletividades do Distrito do Porto ::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: MARCA D'ÁGUA - Laboratório de Cidadania Centro Histórico do Porto ::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: ::::::: PROGRAMA FEVEREIRO ::::::: ––– CINEMAÇÃO ––– Território e Ação Local: Rua do Sol 172 Dia 11 – 17h45 Lixo Extraordinário (Waste Land), Lucy Walker, 99 min. Filmado ao longo de dois anos (agosto de 2007 a maio de 2009), Lixo Extraordinário acompanha o trabalho do artista plástico Vik Muniz em um dos maiores aterros sanitários do mundo: o Jardim Gramacho, na periferia do Rio de Janeiro. Lá, ele fotografa um grupo de catadores de materiais recicláveis, com o objetivo inicial de retratá-los. No entanto, o trabalho com esses personagens revela a dignidade e o desespero que enfrentam quando sugeridos a reimaginar suas vidas fora daquele ambiente. A equipe tem acesso a todo o processo e, no final, revela o poder transformador da arte e da alquimia do espírito humano. Dia 12 – 17h45 Missão de pesquisas folclóricas de Mário de Andrade A Missão de Pesquisas Folclóricas foi idealizada e organizada por Mário de Andrade no período em que o escritor esteve à frente do Departamento de Cultura de São Paulo. A Missão tinha como objetivo investigar aspectos formadores da identidade nacional. Em 1938, uma equipe chefiada pelo engenheiro e arquiteto Luís Saia percorreu o Norte e o Nordeste do Brasil para registrar suas manifestações culturais e folclóricas, em especial de dança e música. Na bagagem, trouxeram instrumentos musicais, objetos de culto, peças utilitárias, fotos, reproduções de desenhos, gravações musicais e filmes. A equipe de pesquisadores não só registrou em discos o folclore musical dessas regiões como colheu informações complementares às gravações, que possibilitaram uma visão ampla do contexto sócio-econômico cultural das regiões visitadas. ––– FALATÓRIO ––– Local: Cooperativa Árvore Dia 21 – 17h30 Ação Artística e Comunidade O território como lugar caracterizado pela troca de referências simbólicas para o agir artístico. Ouvir enquanto momento de expetativa ética que potencia a ação. Refletir sobre o cruzamento dos pontos de vista na formação do real enquanto orgânica para a ação. Capacidade de gerar ressonância a partir das intenções expressas pelos cidadãos. Marta Bernardes – Projeto Síncope e outros Dia 24 – 17h30 Registo, Documentação e Ação A prática documental como ferramenta e tecnologia de apoio para a ação. Considerações sobre a intenção de registar como fim em si mesma e a comunicação dos processos que dela emergem. Arquivo e acervo vivo como catalisador para uso imediato de transformação. Abordagem aos efeitos gerados, por estes materiais, sobre intenções artísticas, sociais e críticas. Daniel Brandão – Museu do Resgate José Simões – Roteiro Oficinal do Porto ––– CINEMAÇÃO ––– Ação Artística e Comunidade Local: Rua do Sol 172 Dia 25 – 17h45 Sun street, Sun lane, Sun road, Sun way – Coletivo Rua do Sol 172 Sinopse: Perante o convite para integrar uma exposição em Bangkok, na Tailândia, o coletivo Rua do Sol 172 vê-se mais uma vez envolvido numa missão, procurar a sua identidade. Não existe uma Rua do Sol sem as pessoas que a habitam e que a vivem diariamente, por isso decide-se partir para rua, esse “lá fora público”, de câmara na mão e procura-se saber o que essas pessoas têm para nos dizer sobre a nossa grande dúvida – O que é, onde é, quando é, Bangkok? Naturalmente a vida lá longe dá lugar aquela que é nossa. Curricar – Riot Films / Vasco Mendes Sinopse: Um grupo de habitantes de Plutão visita a Sé para passeio e jantar. Este filme, em estreita cumplicidade com o processo de criação de “O Banquete de Plutão”, salta as barreiras do mero documentário para nos introduzir numa efabulação que tem como elos o amor, o quotidiano e a comida. Dia 26 – 17h45 Aqui tem gente – Leonor Areal – 81 min. Produção: Obra Aberta crl. Sinopse: Portugal, Europa, 2011. Às portas de Lisboa, um bairro de lata está em vias de ser demolido. A Câmara Municipal de Loures parece firme na sua decisão, mas não apresenta soluções alternativas de alojamento. Na iminência de ficar sem tecto, os moradores do Bairro da Torre organizam-se para negociar com a Câmara e defender o seu direito à habitação, num processo com avanços e recuos, derrotas e vitórias. As mulheres assumem um papel central na defesa da casa e da família. No Bairro da Torre coexistem etnias sobretudo ciganas e africanas, e imigrantes que chegaram nos anos 90 para as grandes obras do regime. A crise atirou-os para o desemprego e a miséria. Agora batem-se pelos seus direitos e dignidade humana. Aqui Tem Gente acompanha o processo negocial, os problemas e conflitos desta população que, embora anarquicamente, consegue organizar-se e lutar pelos seus direitos. O documentário levanta ainda outras questões. Qual o papel dos activistas no apoio à organização da comunidade? Que política de habitação social para o actual momento de crise?