Imagerie - Casa de Imagens
Rua 2 da Matinha, Lote A, 5º D (Matinha Estudios de Som) - Lisboa Ver website
“Desejo de ver, fotografia e natureza: uma hipótese de encontro” é uma publicação editada pelo atelier Imagerie – Casa de Imagens, com texto de Vanessa Badagliacca, dedicada ao projeto “Burning with desire to see your experiments from nature”, iniciado em 2021.
Preço: até 20 de dezembro = €28 | a partir de 21 de dezembro =€38
Ficha técnica:
Caixa com quatro cadernos
Caixa (290x190x14mm), Fedrigoni Materica Verdigris 360 g/m2 (reciclado), impressão em serigrafia; Cadernos de dimensões e número de páginas variáveis*, impressão a cores a jato de tinta, sobre papel Fedrigoni Freelife Vellum 140 g/m2 (reciclado), encadernados à mão.
*
Caderno “_”: (190x145mm), 22 páginas;
Caderno “/”: (190x145mm), 34 páginas;
Caderno “\”: (190x145mm), 34 páginas;
Caderno “Δ” (290x145mm), 30 páginas.
edição bilingue português e inglês texto [en]: Vanessa Badagliacca imagens: Imagerie (José Domingos, Magda Fernandes e Sofia Berberan), 2021 imagens das residências artísticas (livro “Δ”): Imagerie e Vanessa Badagliacca, 2021 conceção gráfica: Imagerie — Casa de Imagens tradução [en-pt]: Carla Fernandes impressão e produção: Imagerie — Casa de Imagens
projeto: Burning with desire to see your experiments from nature, 2021 autores: Coletivo Imagerie (José Domingos, Magda Fernandes e Sofia Berberan) curadoria: Vanessa Badagliacca
Em parceria com: Estufa Fria de Lisboa, Jardim Botânico da Universidade do Porto e Instituto de História da Arte FCSH/NOVA
Com o apoio: Direção Geral das Artes
1a edição – 70 exemplares Imagerie — Casa de Imagens Lisboa, 2023
(…)
O coletivo Imagerie lembra a famosa frase de uma carta de Daguerre, dos primeiros dias da fotografia (1828), endereçada a Niepce: “I’m burning with desire to see your experiments from nature” [Estou a arder de desejo de ver as suas experiências com a natureza].* O coletivo usa essa citação, não apenas como fonte de inspiração, mas também como método para (re)pensar a fotografia, para além dos seus processos.
*Newhall, Latent Image, 34, citado em Batchen, Burning With Desire, 52. (…)
Os entrelaçamentos, efémeros e contingentes, entre as obras expostas e o ambiente expositivo, forçam-nos a abandonar qualquer definição unívoca da natureza como oposta à cultura ou como um produto humano. Superar esta separação e fundir a fotografia, os seus processos, o ambiente em que ocorre, e o espetador que a frui, transmite o reconhecimento e a afirmação de uma transcorporeidade. (…)
A materialidade da fotografia é exibida em toda sua vulnerabilidade. Nos jardins onde são apresentadas, todas as obras estão expostas ao sol, ao vento, à chuva, ao toque intencional, até mesmo ao vandalismo e a qualquer estado de possível alteração que determine o declínio e a impermanência de todas essas peças. É uma vulnerabilidade intencional, metamorfose, uma transformação que ativa — empréstimo da expressão de Carla Hustak e Natasha Myers — “ecologias afetivas’ que englobam interações entre plantas, animais e humanos”.
* Carla Hustak & Natasha Myers, “Involutionary Momentum: Affective Ecologies and the Sciences of Plant/Insect Encounters”, differences (1 December 2012) 23 (3): 74–118. Excerto do texto “desejo de ver, fotografia e natureza: uma hipótese de encontro.” de Vanessa Badagliacca
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