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RARE EARTH

RARE EARTH

Rare Earth - Inauguração dia 26 de Outubro às 18.30h

26 outubro 2023 – 25 fevereiro 2024

Tony Cragg (Liverpool, 1949) é um dos mais analíticos, lúdicos, persistentes e inovadores escultores dos últimos 50 anos. Radicado em Wuppertal, Alemanha, desde 1977, tem aí atelier e aí estabeleceu a base da sua carreira internacional que se desdobra entre o desenho e a escultura, tendo diversa obra pública em todo o mundo.

A exposição Rare Earth, de Tony Cragg, traz, pela primeira vez, a Lisboa, um conjunto significativo de cerca de 5 dezenas de obras do artista, entre escultura e desenho, de 1979 a 2023, numa perspetiva reveladora da sua obra.

Além das esculturas e desenhos patentes no Museu Nacional de Arte Contemporânea de 26 de Outubro de 2023 a 25 de Fevereiro de 2024, o diálogo com as obras estende-se também ao espaço público, numa inédita parceria do MNAC com a Câmara Municipal de Lisboa.

O catálogo publicado (bilingue português/inglês) contará com um texto curatorial da diretora do MNAC e com uma entrevista realizada pelo especialista em escultura contemporânea e grande conhecedor da obra de Tony Cragg, Jon Wood.

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A exposição Rare Earth, do escultor britânico Tony Cragg, traz, pela primeira vez, a Lisboa, ao Museu Nacional de Arte Contemporânea (MNAC), um conjunto significativo de obras do artista, entre escultura e desenho, de 1979 a 2023, numa perspetiva abrangente e reveladora da qualidade e diversidade da sua obra e do seu pensamento plástico.

Esta exposição resulta de uma parceria do MNAC com a Galeria Breckner e com o estúdio do artista, tendo sido concebida para o espaço do MNAC. Além das esculturas e desenhos patentes no MNAC, o diálogo com as obras oferece-se também, desde 2 de Outubro último, à relação com o espaço público, numa inédita parceria entre o MNAC e a Câmara Municipal de Lisboa, havendo já sido colocadas 4 obras do artista em áreas próximas ao museu e relevantes para a cidade: a Praça do Município, a Praça do Comércio e a envolvente à Estação Sul-Sueste.

Rare earth

“Tony Cragg, um dos mais analíticos, lúdicos, persistentes e inovadores escultores dos últimos 50 anos, entende a disciplina artística que pratica há meio século, definindo-a como uma matéria rara: a pinça da alma com que o poeta escolhe a palavra e o escultor analisa, redefine e reorganiza a forma e a sua energia intrínseca, levando-se, e levando-nos consigo, a lugares insuspeitos, paisagens novas, povoadas por novos seres e novos modos de nos relacionarmos a nós mesmos com o mundo à nossa volta.

Esta exposição traz, pela primeira vez, a Lisboa, um conjunto significativo de obras de escultura e desenho de Tony Cragg, de 1979 a 2023, numa perspetiva reveladora da sedução que o visível e, em especial, o invisível — subcutâneo, estrutural, celular ou monádico — tem exercido neste “materialista radical”, como o próprio se define.

Além das esculturas e desenhos patentes no Museu Nacional de Arte Contemporânea, o diálogo com as obras oferece-se também à relação do espaço público, numa inédita parceria do MNAC com a Câmara Municipal de Lisboa.”

Emília Ferreira (Do texto do catálogo)

“O que significa exatamente ser “escultor” hoje em dia, em particular quando as nossas ideias sobre o que a escultura pode ser se expandiram tão radicalmente a caminho da performance, da fotografia, do filme e dos media digitais, e através de outros modos de envolvimento e interação do observador e do visitante? Como é que um dado resultado de um medium – ou mesmo de um dado material – pode ser imaginado e articulado hoje em dia? E como pode um escultor promover um papel importante para a escultura ao visualizar e dar forma a ideias científicas sem parecer um guardião de uma tradição moribunda face à ciência e tecnologia atuais?

A escultura, para Cragg, representa um modo ativo de interrogar o mundo e constitui um catalisador para aumentar a nossa sensibilidade em relação àquele. Para ele, é necessário não apenas visualizar, dar forma a e demonstrar ideias complexas, mas também explorar o mundo material e revelar as suas possibilidades. Daí, a biologia, tanto como a química e a física, que orientam o seu pensamento crítico sobre a escultura, permitindo-lhe repensar o seu papel e imaginar o seu potencial, hoje. Um potencial que, como esta entrevista revela, se estende para lá do laboratório que constitui o atelier do artista para as vidas e imaginação de todos nós.”

Jon Wood - Excerto da introdução à entrevista publicada no catálogo da exposição.

Fonte: http://www.museuartecontemporanea.gov.pt/pt/programacao/2076
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