ULYSSE DE TAOURIRT Texto e encenação de Abdelwaheb Sefsaf
Compagnie Nomade in France Apoio: Institut Français du Portugal
Ulisses de Taourirt procura um equilíbrio entre a música e o teatro para nos contar a história de uma família argelina a viver em França há duas gerações. Arezki, nascido em Taourirt em 1948, decide emigrar aos dezasseis anos, quando a Argélia era ainda uma colónia francesa. A mesma idade com que Abdelwaheb — nascido já em Saint-Étienne — descobre o fascínio pelo teatro, em 1986. Está encontrado o paralelismo entre duas formas de sonhar, de dois adolescentes, em diferentes épocas — e que por acaso são pai e filho. Entre a autobiografia e a crónica política, este texto inspira-se no mito de Ulisses como figura tutelar de uma odisseia de homens vulgares. Profundo e divertido — e com o toque de humor típico dos argelinos quando falam de si próprios —, o espectáculo é montado à nossa frente, como um verdadeiro puzzle, em torno do tema da construção de identidade. A música — ora com instrumentos tradicionais, ora recorrendo a sonoridades urbanas — alterna entre ritmos orientais desconstruídos e uma batida electrónica seca. O Le Monde considerou tratar-se de “uma belíssima peça/concerto”. A Compagnie Nomade in France nasceu em 2010 por impulso de Abdelwaheb Sefsaf. Este grupo procura nas suas criações aproximar a música do teatro, ao mesmo tempo que defende o acesso universal a uma cultura de qualidade. Neste espaço de criação cruzam-se várias gerações, que ambicionam derrubar as barreiras entre os géneros artísticos.
— — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — —
EN Arezki, born in Taourirt, was 16 years old in 1948, when he left Algeria. Abdelwaheb, born in Saint-Étienne, was 16 in 1986, when he discovered theatre. Between autobiography and intimate social and political chronicle, Ulysse de Taourirt traces the contours of two teenagers — that of a father and his son. This intentionally epic narrative borrows from Homer’s story its symbolic figure, in order to recall the heroism of these ordinary ‘Ulysses’ who in the 1950s migrated from Algeria to rebuild France.
Interpretação Abdelwaheb Sefsaf Clément Faure Antony Gatta Malik Richeux
Música ALIGATOR (Georges Baux Nestor Kéa Abdelwaheb Sefsaf)
Dramaturgia Marion Guerrero
Cenografia Souad Sefsaf Lina Djellalil
Desenho de luz Alexandre Juzdzewski
Desenho e operação de som Pierrick Arnaud
Director técnico Daniel Ferreira
Operação de luz e vídeo Stéphane Cavanna
—
Língua Francês (legendado em português)
Duração 1h20m
Classificação M/12
________________________________________________________________________
Escola D. António da Costa Palco Grande
DOM 16 22:00