No próximo dia 17 de junho, o Museu de Portimão inaugura às 17h00 uma interessante mostra de Rodrigo Vilhena tendo o mar como denominador comum e intitulada “Passageiros do Vento”, na qual o artista constrói uma narrativa de pinturas marinhas onde o visitante/observador se cruza e funde com o viajante do mar, a oscilação das ondas e a flutuação da linha de horizonte.
No espaço da exposição, para além das pinturas da "arte marinha" que representam paisagens puras, sem nenhum elemento humano, podem ser percecionadas duas esculturas pictóricas, intituladas “Pangea 1” e “Pangea 2”, duas construções quase mecânicas que se movimentam no espaço do museu, preenchidas com pinturas de pequeno formato, desfiando o visitante a aventurar-se numa outra viagem, em caminhos aleatórios, tornando-se ele próprio o ‘Passageiro do Vento’.
Quase num desvanecer dos mares, em poucas pinceladas e pequenos apontamentos de azuis e de brancos, Rodrigo Vilhena expressa a jornada existencial do ser, narrada por imagens pictóricas, em variações de um olhar de um passageiro dos mares esculpidos pelo vento e pelas cores.
Em cada imagem as cores alteram-se e as pinceladas modificam-se, produzindo detalhes e pormenores observados em cada momento preciso: as nuvens ficam mais densas ou mais claras, os raios de luz rasgam os céus, numa pincelada carrega-se contrastes em ondas mais acentuadas e revoltosas, ou então, numa espuma esbranquiçada para dias mais claros.
Rodrigo Vilhena nasceu em Lisboa no ano de 1968, tem mestrado em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, e foi bolseiro da “Sensable Technologies” em The Banff Centre for the Arts, Canadá e da Fundação Calouste Gulbenkian.
Investigador nos projetos “A Imagem na Arte e na Ciência” (2007-2013) e “Enciclopédia e Hipertexto” (2002-2004), colaborou no “Center for Images in Science and Art” (2011), da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
Dos seus projetos expositivos, destacam-se “Galeria Dona Ivone” (2000-2001), “Condição Humana” (2002), “Solaris” (2004-2009), “Voyeur Project View” (2005-2009) e “Galeria Invisível” (2016-2019).
Curador de diversas exposições, foi finalista da shortlist do “Curatorial Award” dos Museus Qatar e Fundação Prada (2013), expondo individual e coletivamente desde o início da década de 1990 em Portugal, Espanha, Inglaterra e Áustria. Está representado nas coleções da Fundação PLMJ, Fundação António Prates, MU.SA – Museu das Artes de Sintra, Fundação das Casas de Fronteira e Alorna, Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sor, ESAD – Caldas da Rainha.
A exposição “Passageiros do Vento” pode ser visitada até 23 de julho no seguinte horário: terça-feira das 14h30 às 18h00; de quarta-feira a domingo das 10h00 às 18h00.