Susana Santos Silva tem vindo a afirmar-se, progressivamente, como uma das vozes mais importantes no extenso palco internacional do jazz de vanguarda e da livre improvisação. As suas colaborações com artistas da estatura de Anthony Braxton ou Fred Frith, entre outros, dão-lhe visibilidade e notoriedade acrescida, mas constituem-se também como monumentais desafios que a trompetista portuense tem vindo a ultrapassar com elegância e distinção, projetando uma linguagem que tem tanto de rigoroso como de poético. Aqui poderemos ouvi-la num dos seus formatos de eleição, o solo absoluto. No segundo concerto do dia regressa João Lencastre com uma constelação em trio para o seu celebrado “Communion”. Assinando composições notáveis que deram já origem aos álbuns "Movements in Freedom" (2017) e "Songs of Hope" (2019), Lencastre convoca de novo Formanek, que tocou já com nomes históricos como Tony Williams, Joe Henderson, Freddie Hubbard ou Stan Getz, e junta-lhe um ponta de lança de exceção, o pianista Jacob Sacks, improvisador mercurial que pode ser ouvido em contextos tão diferentes como a Mingus Big Band, os grupos de Paul Motian, ou as formações de David Binney, Tim Berne ou Chris Potter.
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