Esta sessão de ‘Desordem é Progresso’ vincula-se sem qualquer hesitação no campo do jazz. A anterior ‘Desordem é Progresso#8’, com João Ferro Martins | Guilherme Rodrigues + Henrique Varanda, assumiu um carácter marcadamente plástico e experimental à priori. Esta noite com Bruno Parrinha + João Gato, por um lado, e Mariana Dionísio + Duarte Ventura + Zé Almeida, por outro, caminha exactamente pelos mesmos trilhos. Poderá parecer estranho quando as matérias de trabalho são tão díspares entre os músicos de uma noite e outra. Mas haverá plasticidade maior do que num diálogo urdido entre dois instrumentistas de eleição? E o que dizer do equilíbrio protagonizado pela Mariana Dionísio entre um som mais limpo e outro mais sujo? Na aparência de um estilo encontra-se uma multiplicidade de sonoridades a descobrir. Tal reforça o que sempre acreditámos – ‘Desordem é Progresso’.
BRUNO PARRINHA | Toca clarinetes, Sib e alto, flauta e saxofones alto e soprano. Estudou na Academia de Amadores de Música e em 1988 gravou com Sei Miguel "Songs against love and terrorism”. Desde então tem dedicado o seu empenho na livre improvisação e tem participado em inúmeras formações e concertos com ilustríssimos músicos entre os quais Rodrigo Amado, Rodrigo Pinheiro, Miguel Mira, João Lucas, Paulo Curado, Ernesto Rodrigues, Guilherme Rodrigues, Carlos Santos, Ulrich Mitzlaff, Manuel Guimarães, Maria Radich, Cyril Bondi, “D ́Incise”, Raphael Ortiz, Nicolaus Gerwinsky, Phill Niblock, Raymond McDonald, Victor Nubla, Jorrit Disktra, Nuno Rebelo, Marco Franco, Gabriel Ferrandini, Hernâni Faustino, Luís Lopes, José Oliveira, Carlos “Zingaro”, João Pedro Viegas, Vítor Rua, Abdul “Moimême”, Luís Vicente, João Lencastre, Luís Gil, Paulo Pimentel, Francisco Andrade, Albert Cicera e muitos outros. Actualmente faz parte dos grupos: Trio com Luís Lopes e Ricardo Jacinto, IKB, VGO, Expressive visual music, Open Mind, Morf3ma, trio com Miguel Mira e Paulo Curado. https://soundcloud.com/brunoparrinha | http://cleanfeed-records.com/product-tag/jose-bruno-parrinha
JOÃO GATO | Nascido em 2000, João Gato começou a levar a sério o saxofone Jazz enquanto estudava com o contralto Ricardo Toscano, no Hotclub de Portugal. Aos 18 anos, concluiu o curso prático, após ter 3 anos de aulas com Toscano. Em 2018 iniciou a Licenciatura em Saxofone de Jazz na ESML, onde estudou com prestigiados músicos portugueses como Gonçalo Marques, Desidério Lázaro, Pedro Moreira, Afonso Pais e Nelson Cascais. Em finais de 2021 fundou o seu próprio projeto, Apophenia, um quarteto que com o objetivo de encontrar um terreno comum entre a improvisação livre e as composições de Jazz sem instrumento harmónico, com uma estética influenciada por músicos como como Eric Dolphy, Peter Evans e Ornette Coleman. O trabalho de composição é todo feito por Gato. O álbum de estreia dos Apophenia saiu a 21 de julho de 2022, pela editora portuguesa Robalo. Além de liderar o Apophenia, João integra ainda o quinteto da jovem cantora Filipa Franco, Sonic Voyaging (projeto que combina música improvisada e dança), Coletivo Teto (coletivo de pesquisa em técnicas de improvisação), quinteto de Zé Almeida, BBTTT e Orquestra de Jazz de Setúbal. (traduzido e editado de http://www.allaboutjazz.com/musicians/joao-gato). https://youtube.com/channel/UCp_e7yJQdU5qsfp_D0Pvr4Q | https://instagram.com/gato_tobias3 | http://apophenia22.bandcamp.com/album/pr-tzeler
MARIANA DIONÍSIO | DUARTE VENTURA | ZÉ ALMEIDA Um dia esbocei um trio num caderninho: Vibrafone, puro, não sustentado, sem harmónicos audíveis; (Limpo) Contrabaixo, rico e cheio de harmónicos, se alimentado com arco; (Sujo) A voz que se disfarça num ou noutro.
E a música surgiu daí.
Mariana Dionísio - Voz Duarte Ventura - Vibrafone Zé Almeida – Contrabaixo
(Texto | Mariana Dionísio)
Entrada | 06 Euros