Ciclo: Filosofia para viver melhor… nas obras de Jane Austen Por José Carlos Fernández, diretor da Nova Acrópole Portugal 1/7 | Sábado| 16h 𝗜𝗻𝘀𝗰𝗿𝗶𝗰̧𝗮̃𝗼 ⇨ bit.ly/3iz58xv Atividade gratuita mediante inscrição Local: Biblioteca São Lázaro Rua do Saco 1, 1150-311 Lisboa É fácil perguntarmo-nos, a que se deve o encantamento das obras de Jane Austen para que não sejam estilhaçadas pelos dedos abrasivos do tempo? Simplesmente porque são clássicos, o tempo não os estraga, mas aumenta o seu valor. E porquê? Porque a beleza do que expressam, ligada aos mistérios da alma humana, as torna eternas, faz com que entrem nessa dimensão do que não morre. E o mesmo sucede com a mensagem dirigida à alma das pessoas, que continua a ser ouvida e pronunciada, uma vez que a sua filosofia nos ensina a viver melhor, de modo mais nobre e digno, mais em harmonia com a nossa verdadeira natureza. Como disse um autor, nas obras de Jane Austen, aparentemente nada de relevante acontece, mas em profundidade travam-se grandes batalhas morais, há cenários internos e reflexões que nos fazem tremer de emoção porque são nossos (principalmente os das mulheres, mas não apenas), e talvez a alma os adivinhe somente depois da autora os ter formulado com palavras. Emma (na obra com o mesmo nome), Elinor (em Razão e Sensibilidade), Elizabeth Bennet (em Orgulho e Preconceito), Catherine (em A Abadia de Northanger), Fanny (em Mansfield Park), Anne Elliot (em Persuasão) são as heroínas de Jane Austen: a sua vida é pura filosofia prática, guiando a voz da razão as suas decisões através da mais apurada sensibilidade, o que as torna profundamente humanas e próximas das mais belas inquietações de cada um. Os seus diálogos internos são como uma tocha com a qual vai iluminando o labirinto das suas circunstâncias, às vezes errando e tropeçando na dor, mas voltando a um caminho que os conduz, em última análise, à meta dos seus mais nobres interesses e à felicidade: Não é essa a “filosofia para uma vida melhor”?
