21:00 até às 16:00
NUM PAÍS ONDE NÃO QUEREM DEFENDER OS MEUS DIREITOS EU NÃO QUERO VIVER

NUM PAÍS ONDE NÃO QUEREM DEFENDER OS MEUS DIREITOS EU NÃO QUERO VIVER

Sexta e Sábado às 21:00
Domingo às 16:00

SINOPSE:
Michael Kohlhaas, cidadão exemplar cuja probidade se transforma em rebelião e crime, percorre um trilho heróico que o coloca inter pares com Antígona, Édipo, Hamlet ou Fausto. Perante a injustiça, a humilhação e a destituição a que é sujeito, este negociante de cavalos dispõe-se a sacrificar tudo o que tem, incluindo a sua vida, pela restituição da ordem inicial: que os seus dois cavalos sejam devolvidos com saúde e que o seu criado seja indemnizado pelas agressões de que foi alvo. Kohlhaas procura ser ressarcido através de todos os meios legais ao seu alcance, apenas para se deparar com a inoperabilidade burocrática do Estado e os caprichos da elite aristocrática que controla os poderes jurídico e executivo.


                No âmbito das celebrações do Dia Mundial do Teatro a companhia Cegada assinala, no Teatro-Estúdio Ildefonso Valério, um ano do desaparecimento de Jorge Silva Melo com a estreia de Num País Onde Não Querem Defender os Meus Direitos Eu Não Quero Viver, de Heinrich von Kleist, a partir do legado deixado pelo fundador do Teatro da Cornucópia e dos Artistas Unidos.
                A narrativa do Romântico alemão Heinrich Kleist é agora adaptada por Rui Dionísio para quatro atores a partir da versão cénica de Jorge Silva Melo, estreada no Espaço Ginjal em 1997 com interpretação de Paulo Claro, luz de Pedro Domingos, assistência de João Meireles, Isabel Boavida e José Rui Silva, produção de Pedro Caldas, Helena Barros e Ivone Costa. O espetáculo circulou pelo país nos anos seguintes, sendo apresentado no Espaço A Capital em Fevereiro de 2000.
                Esta criação com dramaturgia de Marta Dias assenta sobre o trágico confronto do cidadão com os limites do seu poder político num momento em que a própria companhia Cegada, na sua condição de Entidade de Utilidade Pública gestora de um equipamento cultual público, se vê obrigada interpor uma providencia cautelar conjunta no contexto da execução do programa de apoio sustentado 2023-26 da Direção-Geral das Artes - Ministério da Cultura.
       
                A companhia Cegada integra agora o grupo das estruturas lesadas pelo Ministério da Cultura que encetou uma ação judicial, contra o Governo de Portugal, motivada pela violação do processo concursal nos princípios legais de:
•	Estabilidade: por aumentar o orçamento disponível, de forma discricionária, apenas uma modalidade específica do programa de apoio sustentado após a data dos projetos concorrentes se encontrarem invariavelmente submetidos.
•	Imparcialidade: por alterar o equilíbrio orçamental do concurso num momento onde já era conhecida a pré-avaliação das candidatura efetuada pela comissão de apreciação da Direção-Geral das Artes / Ministério da Cultura.
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