“POLIFONIA SACRA”
A música polifónica dos compositores ibéricos do renascimento tem um lugar destacado na história da música e constitui uma inegável idade de ouro no contexto da História da música de Portugal e Espanha.
PROGRAMA
ORFEÃO DE GUIMARÃES
Paul Gibson - Pange Lingua
Karl Jenkins - Ave Verum Corpus
Victor C. Johnson - Pie Jesu
Manuel Faria - Crux fidelis
António Cartageno - O Cordeiro que foi imolado
António Cartageno - Hino a Cristo Ressuscitado
Joel Azevedo – Direção
Gregório Gomes - Órgão
ORFEÃO CCD COELIMA
Gabriel Fauré - Cantique de Jean Racine
Ola Gjeilo - Ubi Caritas
André Waignein - Agnus Dei – Missa Tornacum
Edward Elgar - Ave Verum
Zoltán Kodály - Stabat Mater
Carlos Gama - Requiem – Introitus
Hugo Pereira – Direção
Gregório Gomes - Órgão
ORFEÃO DE GUIMARÃES & ORFEÃO CCD COELIMA
"Jesus bleibet meine freude" - BWV 147 – J.S. Bach
Orfeão de Guimarães
O Orfeão de Guimarães teve o seu início no dia 8 de janeiro de 1917. Em 8 de junho desse mesmo ano deu o seu primeiro concerto em Guimarães. Era seu Presidente o Reverendo Padre Gaspar Roriz. No seu já longo percurso vicissitudes várias levaram-no a interromper, algumas vezes, a sua atividade, mas conseguiu sempre “renascer das próprias cinzas”.
O último “renascimento” aconteceu em 1980 graças à iniciativa da Sociedade Musical de Guimarães. A direção artística foi então entregue ao maestro Fernando José Teixeira que, graças ao seu dinamismo, lhe incutiu vida nova. Apresentou-se, assim, à cidade e ao concelho de Guimarães disposto a divulgar a música e, através dela, elevar o nível cultural do povo.
Depressa, porém, a sua ação se estendeu a outros pontos do país, sendo de recordar duas atuações na Radiotelevisão Portuguesa e dois memoráveis concertos: um em Leiria, aquando das comemorações do 6º Centenário da Batalha de Aljubarrota, e outro em Grenoble (França) por convite da comunidade de emigrantes portugueses aí radicados.
Em março de 2004 razões de força maior levaram-no a interromper a sua atividade. Mas em outubro de 2006 retoma-a novamente, agora sob a orientação do diretor artístico José Carlos Azevedo. Participou, conjuntamente com mais cinco coros de Guimarães e com a Orquestra de Sopros da Academia de Música Valentim Moreira de Sá, também desta cidade, em concertos e na gravação de um CD com os hinos de Guimarães, Nacional e da Europa.
Atualmente integra o Grupo “Musicalis Communio” formado por três coros, todos eles dirigidos por José Carlos Azevedo: Orfeão de Guimarães, Coro Polifónico da Vila de Prado – Vila Verde e Coro Litúrgico da Vila de Joane – Vila Nova de Famalicão. Integrado neste grupo participou numa homenagem ao Compositor Padre Dr. Joaquim dos Santos, na passagem do primeiro aniversário do seu falecimento, organizada pela Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto e pela paróquia de Refojos de Basto.
Tem participado nas comemorações de datas importantes da História de Portugal. A título de exemplo, refira-se a sua participação nos concertos “Sons da Liberdade” integrados nas comemorações do 25 de Abril de 1974. No âmbito da Capital Europeia da Cultura – Guimarães 2012, participou com a Orquestra Estúdio na cerimónia de inauguração da Plataforma das Artes e da Criatividade.
Em janeiro de 2017 deu início às comemorações do seu centenário com um vasto programa de atividades realizadas ao longo do ano, nomeadamente: três grandes concertos, duas exposições e várias conferências.
Em 2016, 2017 e 2018 participou no I, II e III Festival de Música Religiosa de Guimarães. Em 2018 participou no XIII Ciclo de Música Sacra, na Igreja Românica de S. Pedro de Rates, Póvoa de Varzim, e no Vi Encontro Internacional de Música Coral da Póvoa de Varzim. Em 20 de Janeiro de 2019, Dia do Mártir S. Sebastião, deu um concerto na Igreja de S. Sebastião, em Guimarães, para solenizar a Bênção do Órgão de Tubos dessa mesma Igreja.
Desde setembro de 2022 trabalha sob orientação do diretor artístico Joel Azevedo.
Joel Azevedo
Natural de Guimarães. Iniciou os estudos musicais aos sete anos de idade na Academia de Música de Barcelos. Em 1995 ingressou no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga, na classe de violino e em 1999 foi admitido na Escola Profissional Artística do Vale do Ave. Em 1999, concluiu o Curso Básico de Instrumentista de Cordas (violino) e em 2005 o Curso de Instrumentista de Cordas (viola d’arco).
Foi professor de violino e viola d'arco na Academia de Música Valentim Moreira de Sá. No pólo de Vieira do Minho desta instituição encenou e orquestrou os musicais "Lenda das Três Árvores", "Bela e o Monstro" e "Música no Coração.
Colaborou com a Academia de Música Comendador Albano Abreu Coelho Lima, nos projetos finais de ano, tendo encenado o espetáculo "Música no Coração" e encenado e orquestrado o musical "O Segredo dos Palhaços".
Como violetista teve a oportunidade de trabalhar com Jorge Alves, Ryszard Wóycicki e Paul Wakabayashi, com os maestros Ernst Schelle, Vítor Matos, Xavier Gagnepain, Jean-Sébastien Béreau, Pedro Neves, Ricardo Tacuchian, Omri Hadari,Timothy Russel, António Saiote, Christopher Bochman, Wolfgang Kurz, entre outros, e ainda, como coralista, com os maestros Vítor Lima e Barbara Franck.
Integra os grupos Voces Verbi, Coro BJazz e Ensemble Cant'arte. Colabora regularmente com o coro litúrgico de Joane, com o Coro Polifónico da Vila de Prado e foi diretor musical do grupo "Camerata Chorus Festivus"
Atualmente, frequenta o curso de Direção Coral e Formação Musical na Universidade do Minho e é diretor artístico do Orfeão de Guimarães.
GREGÓRIO GOMES
Gregório Gomes (*1987) é natural de Venezuela. Iniciou os seus estudos musicais aos 7 anos de idade na Academia de Música de Oliveira de Azeméis onde estudou formação musical, piano e violino.
Posteriormente concluiu o Curso da Escola Diocesana de Ministérios Litúrgicos da Diocese do Porto onde estudou órgão, harmonia e direção coral com o Prof. António Mário Costa. Sob a orientação do mesmo professor, concluiu o 8º de órgão no conservatório de Música de Aveiro Calouste Gulbenkian. Concluiu também o IV Curso Nacional de Música Litúrgica tendo como professores António Esteireiro e Filipe Veríssimo. Concluiu a Licenciatura em Cravo pela Universidade do Minho, tendo estudado com o prof. Hélder Sousa. Concluiu o mestrado em Órgão – performance, na Universidade de Aveiro, sob orientação do Prof. António Mota.
Organista na Sé catedral do Porto desde novembro de 2017, colaborando também na Sé catedral de Braga, igreja do Pópulo, igreja de São Vicente, Santuário do Sameiro e outras paróquias na diocese de Braga e Porto. Foi professor de Órgão e Harmonia na Escola de Música Litúrgica São Frutuoso entre 2012 e 2018. É membro fundador da Associação de Música Sacra de Braga, vogal da direção e professor de Piano, Órgão e Harmonia na mesma instituição.
Para além da sua atividade musical, concluiu o mestrado integrado em ciências farmacêuticas na Universidade do Porto
ORFEÃO CCD COELIMA
Quando ainda pouca gente pensava a sério em realizações pessoais ou colectivas que levassem o rótulo de liberdade de acção emancipação pessoal e cultural dos trabalhadores portugueses, constituía-se numa empresa em Pevidém, por iniciativa e responsabilidade dos seus colaboradores, apoiados pela Administração, um Grupo Coral, sob a direcção artística do Maestro Albano Abreu, que viria a dar origem ao Orfeão Coelima.
Foi no dia 03 Junho de 1963, em homenagem ao trabalhador mais antigo da casa e seu fundador - Albano M. Coelho Lima - que um grupo de empregados, reforçado por uma equipa de coralistas da Póvoa de Varzim e da Banda Musical de Pevidém, resolveu tomar aquela iniciativa. A união de muitos funcionários da empresa ao seu Orfeão bem como o entusiasmo já reinante em redor do futebol e ciclismo, levaram a que volvidos poucos meses, fosse criado um Centro de Alegria no Trabalho, o qual após a elaboração de estatutos oficiais, a tomar a designação que hoje ostenta Centro Cultural e Desportivo da Coelima.
O Orfeão conta no seu historial actuações por todo o país, sendo impossível enumerar todas elas. Merece porém refer ência destacada a sua deslocação em 1972 a Vigo (Espanha) e a gravação para a RTP em 1974, transmitida várias vezes no programa O Povo e a Música. No arranque da iniciativa para o Encontro de Coros do Norte de Portugal, também o Orfeão Coelima esteve presente, cabendo-lhe a organização do II Encontro, no ano de 1972, o qual redundou em pleno êxito artístico e popular, a participação em 2012 no espectáculo musical, “ENTÃO FICAMOS…”, de encerramento da CEC-G (Capital Europeia da Cultura de Guimarães), organização e participação no espectáculo MARCHA DA FOME – PEVIDEM SUSTENTA OS SEUS POBRES em 2012 e 2013, em vários locais integrado nos espectáculos de iniciativa da CEC-G.
Referência ainda para os concertos realizados em Pevidem em 2013, integrados nas comemorações dos seus 50 anos de vida. De sua iniciativa, organiza nas instalações sociais em Pevidém, tardes e noites de verdadeiro convívio e arte, dos quais salientamos os 43 Encontros de Coros, alguns internacionais, em homenagem póstuma a Albano Martins Coelho Lima.
O Orfeão Coelima actua regularmente com o seu Grupo Instrumental, Banda de Pevidém e Orquestra de Sopros da Artave.
Nestes últimos anos deu concertos nas principais cidades da Galiza, destacando-se em 1994 a solenização da Missa do Peregrino, na imponente Catedral de Santiago de Compostela e em 2012 nas XV Jornadas Polifónicas Internacionais na Cidade de Ávila. Salienta-se a recente deslocação ao Arquipélago dos Açores em Outubro de 2018, onde participou em vários Concertos nos Concelhos de Velas e da Calheta na Ilha de São Jorge.
Teve como Diretor Artístico e Maestro de 1972 a 2018 o Prof. FRANCISCO RIBEIRO.
Teve como Diretor Artístico e Maestro de 2019 a 2021 o Prof. VASCO DE FARIA.
Tem como Diretor Artístico e Maestro desde setembro 2021 o Prof. HUGO PEREIRA.
Prof. Hugo Pereira
Diretor Artístico e Maestro do Orfeão do CCD da Coelima desde setembro 2021, Hugo Pereira, natural de Guimarães, iniciou os seus estudos musicais com aulas particulares de órgão com o professor José Carlos Azevedo, ingressando mais tarde na Academia de Música Valentim Moreira de Sá (atual Conservatório de Guimarães), onde concluiu o 5º grau de trombone e o curso complementar de técnica vocal.
Foi trombonista na banda da Sociedade Musical de Pevidém e na orquestra juvenil da mesma sociedade entre 2007 e 2015, sob a liderança do maestro Vasco Silva de Faria.
É licenciado em Música, em Direção Coral pela Universidade do Minho, onde teve a oportunidade de trabalhar com maestros de renome, entre os quais, Vítor Lima, Artur Pinho Maria, Pedro Neves, Jonathan Ayerst, Lluis Vila, Martin Baker, Roberto Pérez, entre outros. Durante o seu percurso Universitário foi dirigido pelos Maestros Francesco Belli, Jorge Matta, Toby Hoffman, Vítor Matos, Gerardo Estrada, Hans Casteleyn, Juliàn Lombana, Javier Viceiro e Rui Massena.
Leciona as disciplinas de classe de conjunto e formação musical na Academia de Musica de Vila Verde, Colégio Didalvi, Colégio Dom João de Aboim e na Academia de música Comendador Albano Abreu Coelho Lima.
É diretor artístico do Grupo Coral Litúrgico de Gavião, Grupo Coral Litúrgico de Requião, Grupo Coral de S. João das Caldas de Vizela e maestro adjunto do Coro da Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde.
Como tenor, integra os ensembles Capella Duriensis, sob direção de Jonathan Ayerst, AVE (Aeternum Vocal Ensemble), sob direção de Davide Barros, o ensemble Art Lumen, sob direção de Ricardo Luís Campos, o Orfeão de Guimarães e o ensemble Cant’arte, sob direção de José Carlos Azevedo.
Participa de forma regular com os coros Viana Vocale, sob direção de Vítor Lima, o Coro do Santuário de Fátima, sob direção de Ricardo Luís Campos, o pequeno coro do Arciprestado de Guimarães Vizela, sob a direção de Martinho Fernandes e o Coral Ensaio sob direção de Abel Carriço.
Como elemento do ensemble Capella Duriensis, esteve envolvido na organização dos Workshop’s de Verão Summersinging, trabalhando com Simon Carrington (membro fundador dos King Singers), Alan Woodbridge (Diretor Musical do Coro do Grande Teatro de Genebra) e José Carlos Miranda (professor na Universidade Católica Portuguesa).
Como solista, participou no musical “CATS”, na ópera “A arca de Noé” de Benjamin Britten, Missa Brévis em Dó KV258 de W. A. Mozart, Ave Maris Stella de Rheinberger e na Missa em Sol Maior de Carlos Seixas.
Fonte: https://em.guimaraes.pt/agenda/geo_evento/orfeao-de-guimaraes-e-orfeao-de-coelima