Quis a coincidência que a celebração do dia de São José se fizesse por detrás da Igreja de Nossa Senhora da Encarnação e que a dupla PMDS seja originária de São Miguel. No que toca ao divino e espiritual será concerto abençoado, certamente. Mas, e felizmente que ainda há uma parte terrena para se viver. A concretização de um concerto de PMDS e Guilherme Curado é motivo para dupla celebração. A primeira, e mais óbvia, é a qualidade dos músicos, bem expressa no álbum ‘Caloura’ de PMDS, e nas raríssimas, muito menos que as que desejaríamos, apresentações ao vivo de Guilherme Curado. A segunda, mais escondida, é que a tarde é uma co-organização entre a Nariz Entupido e a Variz. Uma colaboração que se repete. Uma editora que teremos sempre como referência, pela longevidade, mas sobretudo pela persistência num percurso feito de muita teimosia, de acreditar na música como arte não mercantilizável. Como diz amigo em comum – ‘No dia em que organizarmos concertos em que não acreditamos, estaremos a promover os Coldplay.’ Não vamos ouvir Coldplay, com toda a certeza.
GUILHEREME CURADO | É artista multimédia. Na sua prática sonora foca-se na criação de ambientes oníricos, utilizando-os como ferramentas de evasão da realidade. Guilherme Curado é melancolia. É amor sem fronteiras. É a ínfima acidentalidade, imaginar que há um outro nascer do sol. Será sempre o outro nascer do sol. Concerto de apresentação do álbum "For Better Times": https://guilhermecurado.bandcamp.com/album/for-better-times - https://soundcloud.com/cypl
PMDS | Projecto de música eletrónica ambient / tecno de Pedro Sousa e Filipe Caetano. O primeiro com formação clássica em piano e o segundo com muitos quilómetros de pistas de dança, ambos com uma paixão (des)controlada por equipamento analógico, sintetizadores e 'gadjets' que só outros freaks semelhantes conhecerão. 2022 correu bem para PMDS. Lançaram o álbum Caloura pela Variz, tendo sido alvo das melhores críticas, o formato físico esgotou em 6 meses e deram concertos um pouco por todo o país e estrangeiro. Ao vivo fazem questão de levar parte do arsenal de instrumentos que têm para construir uma viagem sónica ao subconsciente, às memórias desvanecidas, ao pensamento abstrato, tocando e manipulando os instrumentos no momento, sem rede, permitindo que aconteça algo cada vez mais raro em concertos - o erro humano. - http://pmds.bandcamp.com/ | https://youtube.com/user/PMDSlisbon | https://instagram.com/pmdsmusic
Visuais por Uliarud Uliarud https://www.facebook.com/uliarud1art
Entrada | 7 Euros (à porta, no dia dos concertos)