Centro Unesco para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial
Rua do Sembrano, 74 - Beja
Raia Viola campaniça: Modas tradicionais, loops e pedais de distorção. Concerto comentado RAIA António Bexiga [RAIA] propõe uma viagem pela história, as técnicas e os repertórios da maior das violas de arame portuguesas, a viola campaniça. Um concerto comentado que percorre as sonoridades da viola, nas suas fronteiras acústica e elétrica, analógica e digital, tradicional e experimental, características da abordagem pessoal e contemporânea do músico alentejano e raiano. Um concerto-conversa, sem palco, íntimo e livre para perguntar, responder e tocar. Raia é linha-fronteira, linha-caminho, expressão idiomática e forma verbal. Raia é peixe. O peixe-viola é uma raia. Raia é o projeto-síntese de António Bexiga, que percorre as sonoridades da viola campaniça* nas suas fronteiras acústica e elétrica, analógica e digital, tradicional e experimental, ensaiada e instantânea, frequentemente em diálogo com outras formas de arte, visuais ou de performance. *A viola campaniça é uma das violas de arame portuguesas. Campaniça quer dizer ‘do campo’, das áreas rurais mas também da região campaniça (sul de Portugal, Alentejo). Normalmente tem 5 cordas duplas (pode ter 12 cordas, sendo que 2 são triplas) e é tradicionalmente usada para acompanhar o cante típico da região Alentejo e ainda para tocar música para baile. Este instrumento quase desapareceu nos anos 80 do Séc. XX, os [poucos] tocadores que existiam nessa altura eram idosos. Foi já no início dos anos 1990 que se deu uma grande ação de divulgação no Baixo Alentejo que permitiu formar novos tocadores ao longo dos anos. Hoje, felizmente, já há muitos músicos que tocam a viola como primeiro e único instrumento António Bexiga [Tó-Zé Bexiga] Nasceu em Évora em 1976. Estudou piano e guitarra clássica, mais tarde guitarra jazz. Passou por vários projectos desde o rock à música experimental, fusão e música improvisada. Descobriu depois a música de raiz e o prazer de a virar do avesso. Há vários anos que se dedica à exploração de repertórios tradicionais e de um instrumento em particular: a viola campaniça, que tem colocado em diferentes contextos musicais, desde a música popular ao rock ou à música experimental e paisagem sonora. Tem vários trabalhos em cinema, teatro, dança contemporânea e teatro de marionetas. Faz oficinas regulares de guitarra, viola campaniça, exploração sonora e criatividade musical. Foi membro ativo de projectos como Uxu Kalhus e No Mazurka Band; fundador de Há lobos sem ser na serra, Bicho do Mato, entre outros. Recentemente, gravou com Kepa Junkera para a Ath Thurda, Celina da Piedade, António Caixeiro, Cantadores de Paris, O Gajo, Omiri e Orfeão Sónico de Um Corpo Estranho e Satúrnia e European Ghosts. É membro fundador da Cia Boa Companhia - teatro para todos. Participa em todos os espetáculos como músico e/ou ator. É membro do grupo Lusitanian Ghosts desde 2021. Fundou o projeto RAIA, solo mas frequentemente em diálogo com outras artes.
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