Autêntico ovni capaz de encapsular na sua música todas as tensões, pluralidades e potencial do tempo que é agora, Menino da Mãe autodefine-se na “raiva de uma criança do subúrbio que morreu na capital”; se raras vezes citamos as descrições providenciadas pelos próprios artistas, é difícil resistir a tamanha honestidade e, sobretudo, acuidade no autorretrato. A música de Bernardo Bertrand AKA Menino da Mãe vai, quase literalmente, a tudo o que é angústia, beleza contemplativa e celebração hedonista, e frequentemente no espaço de segundos. É eletrónica mas orgânica, é punk mas new age, é noise mas pop em filigrana.
Em antecipação do novo disco "Há entre nós quem viva num museu à escala de aldeia que é Portugal", Menino da Mãe vem ao maat acompanhado dos seus cúmplices nesta nova música, Raphael Soares e Violeta Azevedo, baterista e flautista, respetivamente, ambos figuras de excecional output, originalidade e dedicação no panorama recente português, bem como por um coro composto por Alexandra Vidal e Ness. Do disco, sabemos que tem três longos temas, sendo um sobre uma cabeleireira da margem sul que roubou 11 bancos com armas de plástico para alimentar os filhos após um divórcio doloroso. Será preciso dizer mais? ___
A true UFO capable of encapsulating in its music all the tensions, pluralities and potential of the present time, Menino da Mãe defines himself in the “rage of a child from the suburbs who died in the capital”. Although we rarely quote the descriptions provided by the artists themselves, it is difficult to resist such honesty and, above all, acuity in his self-portrait. The music of Bernardo Bertrand AKA Menino da Mãe [Mama's Boy] ranges, almost literally, to all that is anguish, contemplative beauty, and hedonistic celebration, often in the space of seconds. It is electronic but organic, it is punk but new age, it is noise but filigree pop.
In anticipation of the new album "Há entre nós quem vive num museu à escala de aldeia que é Portugal", Menino da Mãe comes to maat accompanied by his accomplices in this new music, Raphael Soares and Violeta Azevedo, drummer and flautist, respectively, both figures of exceptional output, originality, and dedication in the recent Portuguese scene, as well as backing vocalists Alexandra Vidal and Ness. We know that the album has three long themes, one of which is about a hairdresser from the south bank of Lisbon who robbed 11 banks with plastic guns to feed her children after a painful divorce. Need we say more?
Uma parceria com o Festival Rescaldo / A partnership with Festival Rescaldo