Ao passar junto de uma vide, esta arrebatou-lhe o manto. Indignado, o passante pergunta-lhe por que razão o odiava ela tão veementemente. Ao que ela lhe respondeu: já que os teus ossos se abeberam do meu sangue, porque passas por mim e não me cumprimentas? Este diálogo não existe, nunca existiu, tal como o tempo histórico em que, porventura, pudesse ter existido também não existe. Aliás, nada existe, porque nada resistiu à narrativa ditada pela “voz” apostólica-romana dos vendedores. E, no entanto, eles, os “outros”, andaram por cá durante mais de meio milénio. Se há um buraco negro na nossa memória coletiva, ele abre-se no preciso período de dominação árabe do território a que hoje nomeamos de Portugal.
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.