Dezembro de 2020, plena pandemia. Uma pequena brecha no confinamento abre-se e consegue-se, quase por milagre, lançar presencialmente a primeira edição d”A Importância do Pequeno-Almoço”.
A invisibilidade do trabalho da cuidadora informal tornou-se então gritante: misturavam-se relatos atrozes de violência doméstica exacerbada pelo isolamento social, com gravações de mulheres que amamentavam uma criança com um braço e trabalhavam furiosamente no computador com o outro, para de seguida cuidarem de familiares enfermos, segurando precariamente lutos, lutas e colos desfeitos pela exaustão extrema.
“A Importância do Pequeno-Almoço” surgiu como dedo nesta ferida colectiva, aberta como nunca.
Dois anos mais tarde, surge a terceira edição d”A Importância do Pequeno-Almoço”, e catorze mulheres (Ana Freitas Reis, Ana Paula Inácio, Cláudia Souto, Constança Araújo Amador, Gabriela Barbosa, Gabriela Amaral, Gisela Batista Ribeiro, Inês Morão Dias, Inês Pando, Luciana Cruz, Manu Bezerra de Melo, Maria Leonor Figueiredo, Rita Neto e Vera Matias) juntam-se à autora para uma leitura conjunta do livro, aberta também ao público.
Dia 18 de Fevereiro, sábado, às 16h30, na Casa Comum.