Eu-Pele é a próxima exposição da Galeria Cisterna.
Serão apresentados um conjunto de trabalhos inéditos de Félix Marques que nos apresenta a sua realidade a partir de símbolos que se sobrepõem em camadas.
A metáfora proposta por Didier Anzieu em Eu-pele é-nos devolvida pelo artista através da deposição sedimentada de traços, velaturas, colagens e outras soluções plásticas que conferem expressão e textura a uma delicada coreografia de formas.
Mas a figuração, nos trabalhos de Félix Marques, nunca é demasiado reveladora, é antes um convite à descoberta, a um levantar de véus, como que a despir a tela, a tentar decifrar algo, retirando- lhe as roupas, no sentido inverso ao gesto do artista. Ser pele, é ser, ao mesmo tempo, limite e possibilidade, profundidade e superfície, continente e conteúdo.
Na pele estão impressas emoções, agressões, vestígios e erosões. É também disto que nos fala Félix Marques, em Eu-Pele.
Inaugura a 12 de janeiro na Galeria Cisterna