Reza a lenda que, em meados do século XVIII, a população de Janeiro de Cima foi assolada por uma forte epidemia que causou inúmeras vítimas. Desta forma, os habitantes de Janeiro de Cima pediram emprestada a imagem de S. Sebastião, advogado das fomes, pestes e guerras, a Janeiro de Baixo, aldeia vizinha próxima.
Os moradores desta aldeia, com receio de contágio, não permitiram a aproximação dos habitantes de Janeiro de Cima, mas na madrugada do dia seguinte atravessaram a imagem do seu santo numa barca e depositaram-na na outra margem do Zêzere regressando rapidamente à sua aldeia.
Como o santo terá ouvido as preces e afastado a epidemia, Janeiro de Cima cumpriu a sua promessa edificando-lhe uma capela com imagem. Este agradecimento perpetua-se anualmente com a Festa do Bodo.
Na celebração, os mordomos contribuem para um bodo, de pão e vinho, que após ter simbolicamente percorrido em procissão, as ruas da aldeia e subido ao monte da capela do santo, ali é servido a toda a comunidade.
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