A paisagem surge-nos de relance Exposição de João Abel Mota I Deixar-nos atravessar pela paisagem que nos acolhe é, em si, um ato arrebatador de coragem. II O território de Amares, como tantos outros, sujeita-se á luminosidade dos dias, ao decorrer das estações, ao crescer orgânico em direção a algo. Sujeita-se ao passar do tempo e à intensidade da intervenção humana. Ao paradigmático sentido de evolução. ... IV Penso que isto se deva as questões mais elementares dos sentidos, ou seja, a cor (visão), a morfologia do espaço (tato), ao olfato (que penso não ter muita importância para esta questão) e a audição, onde na maior parte das vezes, o contexto que rodeia este trabalho é de silêncio. A exposição integra o programa DENTRO&FORA promovida pelo CDRC Amarense, que decorre de setembro de 2022 a fevereiro de 2023 em Amares. João Abel Mota Amares, 1999. Licenciado em pintura na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e no estúdio de Tim Eitel na Beaux-arts de Paris enquanto estudante de mobilidade. Destaca-se no seu primeiro ano com o Prémio Incentivo e o Prémio de Mérito, como melhor aluno da Faculdade. Desde 2017 tem participado em várias residências artísticas, exposições coletivas e individuais, tanto em Portugal como no estrangeiro. Salientam-se as residências artísticas com as comunidades de Chã das Caldeiras, Cabo Verde (2018 –2021), e com a Comunidade Quilombolas de Conceição das Crioulas, Brasil, e as residências artísticas na Bienal de Vila Nova de Cerveira e Encontrarte Amares, participando na última desde 2017. Em 2021 cofunda o atelier O Bueiro, no Porto, inaugurando o espaço, em open-studio, com a exposição “Desculpa, Mãe”. Nesse mesmo ano, ganha o prémio AJ da Fundação Millennium BCP e é convidado a criar os Rótulos de Artista do Esporão. Desde 2019 tem colaborado em projetos artísticos com o Estúdio Eduardo Aires (2019 e 2021) e com o Estúdio Gémeo Luís (2020).