Os últimos dados revelam que Portugal está abaixo da média europeia em igualdade de género. Para sensibilizar para este tema, o aquário portuense muda a temática de um dos seus espaços submarinos, de Reino de Neptuno para Reino de Salácia (Deusa Romana dos Mares). No âmbito do Dia Internacional da Igualdade Feminina, que se celebra no dia 26 de agosto, o SEA LIFE Porto vai mudar um dos seus principais espaços de atração. O que até agora os visitantes conheciam como Reino de Neptuno, onde nadam tubarões, tartarugas e outras espécies, passará a ser designado como Reino de Salácia, a Deusa Romana dos Mares. Para isso, a figura de Neptuno dará lugar à representação desta Deusa, que poderá ser visitada a partir da próxima semana. “A tão conhecida estátua, que foi imagem do SEA LIFE Porto por tantos anos, estava a precisar de manutenção e quisemos aproveitar a oportunidade para homenagear as mulheres e a luta que combatem desde sempre. Temos consciência de que, além de um papel de entretenimento, temos também um importante papel educativo junto de todos aqueles que nos visitam, especialmente dos mais novos. Por isso, quisemos celebrar esta data, com uma renovação simbólica, mas significativa, de um dos nossos aquários, que passará a ser dedicado a Salácia, Deusa Romana dos Mares, de forma a sensibilizarmos para a importância da igualdade de género. Esta batalha é uma das premissas do grupo Merlin e não se trata apenas deste tipo de ações, mas também de procurar mulheres talentosas e apoiar o desenvolvimento das suas carreiras. Neste momento, 56% dos colaboradores do grupo, a nível europeu, são mulheres. No que diz respeito a cargos executivos, contamos com 38% de mulheres e 46% em cargos de chefia locais, sendo que o nosso objetivo é chegar aos 50% até 2025, garantindo um equilíbrio de géneros em todas as equipas ”, explica Rui Ferreira, Diretor do SEA LIFE Porto. Esta não será uma ação temporária, mas sim uma transição e renovação da imagem do aquário portuense. Recorde-se que dados recentes revelam que Portugal está abaixo da média europeia, no que diz respeito à igualdade de género, e que a pandemia fez o mundo recuar neste sentido. Segundo o Global Gender Gap Report, do World Economic Forum (WEF), são precisos mais 132 anos para eliminar definitivamente a desigualdade entre géneros.