𝙅𝙀𝙅𝙐𝙈 #𝟏𝟒 - 𝘽𝙇𝙐·𝘽𝙇𝘼𝙐·𝘽𝙇𝙀𝙐·𝘼𝙕𝙐𝙇 𝘊𝘶𝘳𝘢𝘥𝘰𝘳𝘪𝘢 𝘦 𝘗𝘳𝘰𝘥𝘶𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘥𝘦 𝘾𝙊𝙇𝙀𝘾𝙏𝙄𝙑𝙊 𝘾𝘼𝙎𝘼 𝘼𝙈𝘼𝙍𝙀𝙇𝘼
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4 JUNHO, 2022 SÁBADO 20H | 45 MIN | M6
5€ BILHETES EM: https://ruadasgaivotas6.admira.b6.pt/pos/event/list
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𝘋𝘦𝘱𝘰𝘪𝘴 𝘥𝘦 𝘤𝘰𝘯𝘤𝘦𝘳𝘵𝘰𝘴 𝘱𝘳𝘰𝘨𝘳𝘢𝘮𝘢𝘥𝘰𝘴 𝘶𝘮 𝘱𝘰𝘶𝘤𝘰 𝘱𝘰𝘳 𝘵𝘰𝘥𝘰 𝘰 𝘱𝘢𝘪́𝘴, 𝘰 𝘊𝘰𝘭𝘦𝘤𝘵𝘪𝘷𝘰 𝘊𝘢𝘴𝘢 𝘈𝘮𝘢𝘳𝘦𝘭𝘢 (𝘊𝘊𝘈) 𝘰𝘤𝘶𝘱𝘢 𝘢 𝘙𝘎6 𝘥𝘶𝘳𝘢𝘯𝘵𝘦 𝘶𝘮𝘢 𝘵𝘦𝘮𝘱𝘰𝘳𝘢𝘥𝘢, 𝘶𝘮𝘢 𝘷𝘦𝘻 𝘱𝘰𝘳 𝘮𝘦̂𝘴. 𝘖 𝘤𝘰𝘯𝘵𝘦𝘹𝘵𝘰 𝘦́ 𝘥𝘦𝘴𝘢𝘧𝘪𝘢𝘯𝘵𝘦 – 𝘥𝘪𝘴𝘵𝘢𝘯𝘤𝘪𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰 𝘴𝘰𝘤𝘪𝘢𝘭, 𝘨𝘦𝘭, 𝘭𝘰𝘵𝘢𝘤̧𝘰̃𝘦𝘴 𝘭𝘪𝘮𝘪𝘵𝘢𝘥𝘪́𝘴𝘴𝘪𝘮𝘢𝘴 𝘦 𝘩𝘰𝘳𝘢́𝘳𝘪𝘰𝘴 𝘤𝘰𝘮𝘱𝘭𝘪𝘤𝘢𝘥𝘰𝘴. 𝘗𝘦𝘳𝘧𝘦𝘪𝘵𝘰. 𝘖 𝘧𝘰𝘤𝘰 𝘦́ 𝘢𝘱𝘳𝘦𝘴𝘦𝘯𝘵𝘢𝘳 𝘰 𝘮𝘦𝘭𝘩𝘰𝘳 𝘥𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘴𝘦 𝘰𝘶𝘷𝘦 𝘱𝘰𝘳 𝘤𝘢́ (𝘦 𝘱𝘦𝘭𝘰𝘴 𝘣𝘢𝘯𝘥𝘤𝘢𝘮𝘱𝘴 𝘦 𝘴𝘰𝘶𝘯𝘥𝘤𝘭𝘰𝘶𝘥𝘴 𝘥𝘦𝘴𝘵𝘢 𝘷𝘪𝘥𝘢), 𝘱𝘳𝘰𝘮𝘰𝘷𝘦𝘯𝘥𝘰 𝘦𝘴𝘵𝘳𝘦𝘪𝘢𝘴, 𝘤𝘰𝘭𝘢𝘣𝘰𝘳𝘢𝘤̧𝘰̃𝘦𝘴 𝘪𝘯𝘶𝘴𝘪𝘵𝘢𝘥𝘢𝘴 𝘦 𝘵𝘸𝘪𝘴𝘵𝘴 𝘪𝘯𝘦𝘴𝘱𝘦𝘳𝘢𝘥𝘰𝘴 𝘢 𝘯𝘰𝘮𝘦𝘴 𝘥𝘦 𝘴𝘦𝘮𝘱𝘳𝘦. 𝘚𝘦𝘮𝘱𝘳𝘦 𝘢𝘰𝘴 𝘴𝘢́𝘣𝘢𝘥𝘰𝘴, 𝘢𝘰 𝘧𝘪𝘯𝘢𝘭 𝘥𝘰 𝘥𝘪𝘢. 𝘗𝘦𝘭𝘢 𝘩𝘰𝘳𝘢 𝘥𝘦 𝘫𝘢𝘯𝘵𝘢𝘳. 𝘋𝘦 𝘱𝘳𝘦𝘧𝘦𝘳𝘦̂𝘯𝘤𝘪𝘢 𝘦𝘮 𝘫𝘦𝘫𝘶𝘮.
𝐂𝐨𝐥𝐞𝐜𝐭𝐢𝐯𝐨 𝐂𝐚𝐬𝐚 𝐀𝐦𝐚𝐫𝐞𝐥𝐚 𝐜𝐨𝐧𝐯𝐢𝐝𝐚 𝐁𝐋𝐔·𝐁𝐋𝐀𝐔·𝐁𝐋𝐄𝐔·𝐀𝐙𝐔𝐋 À excepção dos fenómenos de sinestesia, condição neurológica que, entre outros sintomas, leva à associação entre cor e som; da existência dos chamados ruído branco, rosa, azul; da existência do estilo musical Blues ou mesmo a escala cromática, a linguagem musical, apesar de poder suscitar emoção, pensamento, crítica e reflexão, trata-se de uma expressão abstracta. Tal como a dança, apesar de ter uma linguagem, não sendo figurativa, é a narrativa que lhe atribui o tema e que auxilia a interpretação do movimento.
Como tal, a sonorização de um filme cuja narrativa se fragmenta, entrecruza e cita directa ou indirectamente outros autores, deverá, na sua composição e performance, demolir e fragmentar para depois fazer uma anastilose de uma escultura sonora pigmentada a azul.
Tal como a atribuição do que cada cor representa para determinada sociedade se altera consoante a cultura em que se insere, não se pretende uma associação directa a determinado tipo de simbolismo ou emoção à cor azul. Esta será tão volátil como a sua valoração ao longo da História da Humanidade. Volátil como a reacção a uma mancha azul de Yves Klein.
Recorrendo-se à matéria sonora do ruído, da repetição e da diluição das estruturas compositivas, pretende-se que esta se materialize e se desintegre em diálogo com as características intrínsecas da película VHS, usada no filme. A instabilidade, a estática, o grão, ou mesmo os artefactos deixados por gravações anteriores. Desta feita, pretende-se dar a ouvir o azul, o que quer que isso seja para cada espectador.
Visões de décadas passadas assombram-no. O seu único olho, centrado na sua cabeça, roda esquizofrenicamente sem saber o que focar. Ligado ao passado e ao futuro pelo mesmo cabo a informação transborda e metamorfoseia-se em algo intemporal. Surgem fragmentos, cores, imagens, violência, prazer. O sistema é levado ao seu limite, contagem decrescente para o meltdown. As frequências cruzam-se, somam-se, subtraem-se. O subssistema de tradução RGB começa a focar num único espectro, um espasmo final eletrónico para prevenir a autodestruição. 666 THz. Inicia-se o programa de comparação espectral de cores para determinar o sinal. Azul. O olho, agora transfixo num centro, procura padrões no caleidoscópio que lhe surge à frente. Uma mão, um pé, restos da sua antiga humanidade. Terá o sistema sido levado à paranoia? Cada vez mais o passado infecta a percepção do presente. A tensão entre linhas temporais aumenta, começam a surgir distorções. Perde-se a nitidez, começa a surgir ruído. Num rápido crescendo temos só o caos a transmitir o seu sinal a 200Db, ecos do desespero. Como um buraco negro, a imagem suga-se a si mesma e implode. Finalmente o silêncio. Aniquilação do sistema completa.
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𝐂𝐎𝐋𝐄𝐂𝐓𝐈𝐕𝐎 𝐂𝐀𝐒𝐀 𝐀𝐌𝐀𝐑𝐄𝐋𝐀 𝐎 𝐂𝐨𝐥𝐞𝐜𝐭𝐢𝐯𝐨 𝐂𝐚𝐬𝐚 𝐀𝐦𝐚𝐫𝐞𝐥𝐚 (𝐂𝐂𝐀) 𝐜𝐨𝐦𝐞𝐜̧𝐨𝐮 𝐞𝐦 𝟐𝟎𝟏𝟒 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐮𝐦 𝐜𝐨𝐥𝐞𝐜𝐭𝐢𝐯𝐨 𝐚 𝐪𝐮𝐚𝐭𝐫𝐨 – 𝐁𝐫𝐮𝐧𝐨, 𝐌𝐚𝐟𝐚𝐥𝐝𝐚, 𝐍𝐞𝐥𝐬𝐨𝐧 𝐞 𝐑𝐮𝐢. 𝐑𝐞𝐬𝐭𝐚𝐦 𝐚𝐩𝐞𝐧𝐚𝐬 𝐨𝐬 𝐝𝐨𝐢𝐬 𝐩𝐫𝐢𝐦𝐞𝐢𝐫𝐨𝐬. 𝐀 𝐌𝐚𝐟𝐚𝐥𝐝𝐚 𝐌𝐞𝐥𝐢𝐦 𝐭𝐫𝐚𝐭𝐚 𝐝𝐞 𝐭𝐨𝐝𝐚 𝐚 𝐯𝐞𝐫𝐭𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐯𝐢𝐬𝐮𝐚𝐥, 𝐨 𝐁𝐫𝐮𝐧𝐨 𝐏𝐞𝐫𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐩𝐫𝐨𝐠𝐫𝐚𝐦𝐚 𝐮𝐧𝐬 𝐜𝐨𝐧𝐜𝐞𝐫𝐭𝐨𝐬 𝐞 𝐥𝐚𝐧𝐜̧𝐚 𝐮𝐧𝐬 𝐝𝐢𝐬𝐜𝐨𝐬 – 𝐚𝐥𝐠𝐮𝐧𝐬 𝐬𝐚̃𝐨 𝐝𝐞𝐥𝐞, 𝐨𝐮𝐭𝐫𝐨𝐬 𝐬𝐚̃𝐨 𝐜𝐨𝐥𝐚𝐛𝐨𝐫𝐚𝐜̧𝐨̃𝐞𝐬 𝐞𝐬𝐜𝐨𝐥𝐡𝐢𝐝𝐚𝐬 𝐚 𝐝𝐞𝐝𝐨. 𝐌𝐢𝐜𝐫𝐨-𝐞𝐝𝐢𝐭𝐨𝐫𝐚 𝐞 𝐩𝐫𝐨𝐦𝐨𝐭𝐨𝐫𝐚 𝐜𝐨𝐦 𝐮𝐦 𝐟𝐨𝐜𝐨 𝐞𝐬𝐩𝐞𝐜𝐢𝐚𝐥 𝐞𝐦 𝐦𝐮́𝐬𝐢𝐜𝐚 𝐞𝐥𝐞𝐜𝐭𝐫𝐨́𝐧𝐢𝐜𝐚 𝐞𝐱𝐩𝐞𝐫𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐚𝐥.
➯ https://casaamarela.bandcamp.com/ ➯ https://www.discogs.com/label/1019038-Colectivo-Casa-Amarela
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