Para assinalar os 50 anos da Comuna, João Mota cumpre uma vontade antiga e leva à cena Fausto, a obra-prima de Goethe (1749-1832). Contudo, o histórico encenador parte da tradução para português de Luiza Neto Jorge da versão francesa assinada pelo “poeta maldito” Gérard de Nerval (1808-1855). Mais do que uma tradução, Nerval assinou uma visão muito peculiar do poema dramático – tradução da qual se diz ter agradado ao próprio Goethe, muito embora fosse sabido que Nerval não tinha um domínio perfeito do alemão –, e onde se evidencia primorosamente o universo da alegoria, do sonho e do símbolo.
Segundo João Mota, como espetáculo este Fausto marca um regresso categórico ao teatro de pesquisa e à experimentação dramática que marca a maioria do trabalho desenvolvido pela Comuna ao longo das décadas. Rogério Vale e Carlos Paulo, ambos no papel de Fausto, Ana Lúcia Palminha, em Margarida, e Hugo Franco, como Mefistófeles, encabeçam o elenco composto por uma dezena de atores. FB
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