Estamos habituados a descrever o campo literário como um espaço de comunicação com uma estrutura rigidamente definida. Tal estrutura carateriza-se pela constelação de um conjunto de funções (escrever, editar – no duplo sentido de organizar e publicar o texto – e ler) e de atores (escritor, editor, leitor) em torno de um objeto privilegiado (livro). Esta rigidez concetual estende-se assim à própria noção de livro, que é predominantemente imaginado como um objeto fechado e autossuficiente no qual textualidade e materialidade (impressa ou digital) coincidem. O que aconteceria se, em vez de concebermos aquelas três funções e o artefacto a que chamamos livro como pré-determinados, os considerássemos como processos abertos e dinâmicos? O que aconteceria se olhássemos para eles como manifestações da performatividade literária, isto é, do conjunto de ações que institui e mantém a própria possibilidade da experiência literária?
Entrada livre. Inscrição obrigatória!
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