Espaços e imagens a partir da Coleção BESart Uma exposição, três locais e um coletivo de arquitetos e artistas compõem a mostra que inaugura no dia 4 de julho e que explora temas fundamentais do pensamento e prática da arquitetura. O BES Arte & Finança, a Appleton Square e o Teatro Thalia, todos em Lisboa, são os espaços onde será possível ver os quatro temas que integram o projeto, sendo que cada um refere um problema a ser analisado: 1) paisagem por Paulo David na Appleton Square; 2) teatro por Diogo Seixas Lopes, Nuno Cera e Patrícia Bastos no Teatro Thalia; 3) processo por Daniel Malhão, Joana Vilhena e Ricardo Carvalho no BES Arte & Finança; e 4) re-utilização por Inês Lobo e Paulo Catrica, também no BES A&F. Para estes temas o coletivo de arquitetos e artistas concebeu obras novas que dialogarão com a coleção de fotografia do BES. A fotografia surge não como registo, representação ou interpretação do espaço construído ou biografia dos territórios onde atuamos, mas como um campo possível de exploração e experimentação de pensamento sobre o espaço, a sua organização e a sua relação com as forças humanas mais fundamentais. Esta exposição apresenta-se, assim, como uma exploração de temas importantes na prática quotidiana da arquitetura. O interesse não é tanto descobrir edifícios, revisitar imagens, realizar propostas concretas de intervenção num território ou ensaiar novas formas de construir e pensar a espacialidade, trata-se sobretudo de explorar possíveis campos de pensamento e processos criativos de trabalho. Um processo em que a arquitectura surge aliada à fotografia e à imagem em movimento como forma de aumentar o possível campo de experiências espaciais. As imagens não servem para registar ou interpretar objectos arquitectónicos, mas são elas mesmas lugares organizados, arquitecturas espontâneas e inesperadas materializadas em imagens, desenhos ou sugestões. An-arquitectura tem o duplo sentido de subverter a ordem institucional do espaço construído alterando fronteiras e hierarquias numa espécie de anarquia arquitetónica e, ao mesmo tempo, negar os limites impostos pela parede, chão e teto e entender a arquitetura como uma disciplina criativa fundamental. A exposição, com curadoria de Nuno Crespo, foi organizada em parceria com a Appleton Square e a Secretaria Geral do Ministério da Educação e da Ciência e conta com o apoio de Crsitina Guerra Contemporary Art.
