// Sobre a Exposição Renascer tem diversos significados que relacionamos com esta exposição. Trata-se de um conjunto de obras cuja maioria foi realizada durante o período da pandemia, e por isso de algum modo representam o nosso reaparecimento, ou ressurgimento. No entanto, este termo Renascer tem para nós alguns significados particulares e pessoais, porque estas obras foram realizadas durante um período em que sentimos, em conjunto, um certo sentido de nascer de novo, de rejuvenescimento, de aquisição de novas energias e de renovação nas nossas vidas. Estas obras transportam essa carga emocional e de experiência pessoal, que concretizamos através de abordagens criativas baseadas na abstração. Fica ao critério de cada um a leitura e a interpretação das obras para realizar a sua própria “viagem”. // Os autores João Batista (1963-) vive e trabalha em Aveiro, onde exerce a sua atividade profissional como Professor da Universidade de Aveiro. Tem desenvolvido a sua atividade artística e criativa desde 2004, procurando discutir a ideia da relatividade do conhecimento associada às diversas perspectivas através das quais cada objeto, evento ou conceito pode ser percecionado ou comunicado. Procura adicionar níveis de abstração que permitam que o observador se aproxime da essência do conhecimento, afastando-se deste modo das distrações do concreto. Tem exposto individualmente e coletivamente desde 2009. Sara Morais (1971-) vive e trabalha em Aveiro, e tem abordado a arte visual abstrata através de técnicas mistas com recurso a pintura e a materiais excedentários como restos de tinta, de texturas e de embalagens. As criações da autora pretendem proporcionar uma experiência estética, transmitindo emoções ou ideias através das suas formas, luzes e cores, harmonia e desequilíbrio. Realçar as formas e as cores é um factor primordial e, para isso, reaproveita diversos materiais, sejam restos de tintas, areias, pedras, molduras. As obras da autora têm em consideração que toda a atividade humana afeta o mundo. Tudo o que é criado é visionado pelos outros e induz a que as pessoas reflitam sobre aquilo que visionam. Este processo criativo busca estimular o respeito pelos recursos, incentivando pensamentos de mudanças comportamentais na sociedade a longo prazo. E o mais esclarecedor é que as criações atuais não são respostas fechadas, cada um de nós pode visionar o que quiser. O ser humano pode questionar e regionar como bem entender, basta para isso que tenha uma mente aberta. Expõe obras de pintura desde 2019.