Michał Budny apresenta-se pela primeira vez na galeria. Apesar da inegável fisicalidade das esculturas de Budny, a relação do artista com objetos no espaço é marcada por uma profunda sensação de ambiguidade em que o sentido e o “propósito” de um objeto são determinados pela natureza e pelo potencial das suas interações com o meio envolvente.
Fazendo da linguagem de formas geométricas simples e de uma reduzida paleta de cores o ponto de partida do seu trabalho, a prática de Budny é uma negociação entre o espacial, o físico e o emocional, que revela uma complexa teia de interdependências referentes às relações com o espaço e à perceção. Embora o corpo ocupe um papel fundamental neste processo, nomeadamente no que diz respeito à sua relação física com o(s) objecto(s), é, na verdade, o envolvimento imaterial com a obra, ativado pelo espetador, que está no centro da prática de Budny, transformando o seu trabalho numa experiência profundamente pessoal.
Nesta exposição composta como um espaço aberto sem imagens, Budny questiona o papel da visão como principal ferramenta cognitiva, favorecendo, antes, a abstração geométrica que permite a projeção pessoal e a interpretação, tal como é explorado em Open Pavilion e Closed Pavilion (2021), as peças centrais da exposição.
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