Celebrar um aniversário consegue ser simultaneamente entusiasmante, nostálgico e assustador. Se por um lado é excitante a ideia de uma grande festa, de reunir pessoas de quem se gosta e celebrar o facto de se estar vivo, nunca se consegue evitar espreitar para trás das costas e pensar no que ficou lá longe, naquilo que nunca chegou a acontecer ou nunca mais acontecerá – aquele ‘quase’ que nunca se completou. Mas talvez ainda mais assustador seja olhar para a frente: o medo imediato de que a festa seja um fracasso ou o pavor secreto de falhar o resto da vida também. Em 2021, o teatro meia volta e depois à esquerda quando eu disser celebra o seu 15° aniversário e estamos a agarrar-nos com força à ideia de celebração. Até agora a pandemia tem atrapalhado os planos de festa, mas continuamos firmes no nosso propósito. Para marcar a efeméride, os cinco artistas associados da estrutura – Alfredo Martins, Anabela Almeida, Cláudia Gaiolas, Luís Godinho e Sara Duarte – prepararam Joyeux Anniversaire, um espectáculo-celebração em torno desta coisa estranha de contar e celebrar a passagem do tempo. O escritor André Tecedeiro foi convidado para criar o texto do espectáculo, lançando-se assim na sua primeira experiência de escrita para teatro. A ele se juntam Ainhoa Vidal (figurinos), Carla Martinez (cenografia), Daniel Worm D’Assumpção (desenho de luz) e Pedro Gonçalves (som). O teatro meia volta é um adolescente, ainda que 15 anos no panorama cultural do nosso país já seja uma prova de força e resistência. Mas os seus artistas associados já cá andam há mais tempo, já chegaram àquela idade que se chama de meia e onde olhar para trás e para a frente começa a ser cada vez mais inquietante. Talvez este espectáculo os ajude a responder à pergunta que se demora entre as mãos: “o que fazer com o resto da vida?” No dia 9 de novembro, após a estreia (21:00), terá lugar também na Casa do Capitão, o lançamento da publicação do texto do espectáculo, com a presença do autor, André Tecedeiro. RESERVAS +351 961 632 366 ou joyeuxanniversaire.reservas@gmail.com Criação e interpretação: Alfredo Martins, Anabela Almeida, Cláudia Gaiolas, Luís Godinho e Sara Duarte Texto: André Tecedeiro Cenografia: Carla Martinez Assistência de cenografia: Isabelle Ivone Dekien Figurinos: Ainhoa Vidal Iluminação: Daniel Worm D’Assumpção Assistência de iluminação: Pedro Nabais Som: Pedro Gonçalves Produção executiva: Cláudia Teixeira Produção: teatro meia volta e depois à esquerda quando eu disser O teatro meia volta e depois à esquerda quando eu disser é uma estrutura financiada pelo Ministério da Cultura / Direcção-Geral das Artes