Fruto da pandemia que assolou o país e o mundo ocorreram momentos de pausa, reinícios e cancelamentos. Porém e com responsabilidade, esta banda não se deixou toldar pelo medo e norteou a sua ação pela prevalência dos laços inquebráveis da camaradagem e de uma vontade acérrima de não desvanecer. De “RECOMEÇAR” na “Casa de Ensaio”, na Rua, no Auditório e no Coreto. É com saudosismo que olhamos para as memórias vividas nos mais diversos “Arraiais” de Norte a Sul do país. E é com esperança na sua futura retoma que este espetáculo foi projetado. Refletindo acerca das raízes da atividade filarmónica e devida importância das “Romarias” (e a falta que elas fazem, nestes quase dois anos de interregno), este concerto na sua estrutura, cenografia e sonoridade ímpar pretende recriar o espírito, a arte, os laços de companheirismo e o tipo de programa musical que normalmente, e nos seus 132 anos de existência, pontuam a participação filarmónica da “Boa União” num típico “Arraial” português. Pela sua dinâmica, este será um concerto memorável exibido no recobro e segurança de uma sala de espetáculos, mas difusor de uma mensagem forte e esperançosa. A necessidade premente de, com ponderação, respeito, amizade, transcendência, dedicação e assertividade, continuar a “RECOMEÇAR na vida”, “RECOMEÇAR na Filarmonia” e “RECOMEÇAR no Arraial”!
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