" , __________ " Um manifesto para coabitarmos o presente, que simultaneamente propõe uma reflexão profunda e construtiva sobre a ocupação dos vazios do futuro. Espaços que queremos preencher de cooperação, empatia, união, resiliência e resistência na construção de paisagens sonoras, visuais, sensitivas, históricas, humanas e geográficas que acolham a urgência da consciencialização e da transformação necessárias para uma nova casa-mundo. Numa curadoria desenhada e assente nas premissas do , da e da , reclamamos a iminência como um estado de movimento e uma condição de resistência para uma política cultural preocupada, interventiva, participada e que regenere a essência humana. Uma programação que coloca ênfase nas políticas culturais, sociais, ambientais, de identidade e igualdade, e que continua a refletir sobre as diversas dimensões do conhecimento e do pensamento sobre a universalidade e a condição humana. Da história e das suas sucessivas (re)interpretações, da concretude da palavra e do gesto como forças de imanência do sensível, da transcendência e da experimentação para o desconhecido. Que questiona a fragilidade da ausência e o reclamar do estar junto.. Que vê o encontro como ferramenta existencial e de sobrevivência. Dos encontros pessoais e relacionais, aos temporais e históricos. Dos que acontecem no plano físico e dos que se intensificaram no plano digital. Dos que ficaram suspensos e de como a psicologia cognitiva e a natureza humana gerem essa ausência de sermos e existirmos. Novos reencontros que urgem e que acontecem entre o tricotar de dedos que pintam, pés que dançam, mãos que tocam, bocas que dizem, mentes que pensam. Será sobre as mãos de quem faz, será do pensamento e do conhecimento, será sobre a partilha e a descoberta de quem somos e porque o somos. Será para reclamar o espaço público como lugar de futuro para sermos, para possibilitar caminhos e de nos ancorarmos no diálogo. Será sobre a participação. Será sobre o amor ao rasgo amarelo das giestas nos montes, o cheiro da urze e o rumo que o vento leva.