A Direção Regional da Cultura promove, no âmbito da Temporada Cultural 2021, o concerto de Rui Baeta com os Coros da ilha de São Jorge, a ter lugar no próximo dia 1 de agosto, pelas 21h30, no Auditório da Escola Básica e Secundária da Calheta.
O Concerto – que ocorrerá na Escola da Calheta de São Jorge, a 1 de agosto de 2021 –, será o encerramento de uma formação vocal, orientada por Rui Baeta, e contará com a participação de um sexteto de metais, um pianista e os coros participantes. O evento seguirá quase sempre uma ordem cronológica, permitindo a audição de vários estilos e autores. Tal não acontece entre as segunda e terceira peças por uma questão musical técnica.
Programa:
1. Iniciar-se-á com um Introito para metais do compositor bracarense Manuel da Fonseca, que viveu entre os séculos XVI e XVII.
2. De um Renascimento tardio português saltar-se-á para o Barroco inglês: The trumpet shall sound, do oratório Messiah, de Händel (1685-1759). A ária será interpretada pelo barítono Rui Baeta, com o acompanhamento de trompete piccolo, por Paulo Borges, e piano (redução da orquestra), por Francisco Rocha.
3. Do Barroco inglês passar-se-á ao mesmo estilo francês, com a Marche de Triomphe de Marc-Antoinne Charpentier (1643 - 1704).
4. Ah per sempre io ti perdei, da ópera I Puritani, de Bellini (1801-1835), é um exemplo do belcantismo italiano do início da primeira metade do século XIX. A ação desta ópera passa-se durante a guerra civil inglesa, na década de 1640, que opôs os partidários do parlamento (os Roundheads), sob liderança de Oliver Cromwell, aos monarquistas fiéis à dinastia Stuart (os Cavaliers). Nesta ária – interpretada por Rui baeta, acompanhado por Francisco Rocha, ao piano –, Riccardo (Sir Richard Forth) lamenta o fato da sua prometida noiva amar outro homem, um partidário dos Stuart.
5. Passamos para o Romantismo Alemão, com a ária Herr Gott Abrahams, Isaaks und Israels, do Oratório Elijah, de Mendelssohn (1809-1847).
6. Continuando no Romantismo, embora tardio e já com algumas nuances modernas, seguem-se com duas canções eruditas de câmara de Tomás Borba (1867-1950), compositor terceirense que se destacou como pedagogo musical, em Lisboa: Barca Bela e À Virgem Santíssima, com poemas de Almeida Garrett e Antero de Quental, respetivamente.
7. O Coro José Damião de Almeida, sob direção de Marla Monteiro, interpretará Insalata Italiana, de Richard Genée (1823-1895) e Cielito Lindo, popular canção ranchera, da autoria de Quirino Mendoza y Cortés (c. 1859–1957)
8. Antero Ávila (Pico, 1973- ) compôs uma canção sobre Improviso, um belíssimo poema de Filomena Serpa (Velas, Ilha de São Jorge, 1861 — Praia da Vitória, 1930). Rui Baeta e os participantes na formação coral interpretarão, em estreia absoluta, esta peça dedicada aos jorgenses.
9. O Concerto encerrará com todos os participantes – Rui Baeta, Francisco Rocha, Paulo Borges, Sérgio Cabral, Marco Jesus, Edgar Marques, Miguel Moutinho, Antero Ávila, Martim Silva (castanholas) e todos os coros participantes – cantado a festiva, alegre e conhecida peça Granada, de Agustín Lara (1897-1970).
Artistas:
Rui Baeta – Barítono
Francisco Rocha – Piano
Paulo Borges – Trompete
Sérgio Cabral – Trompete
Marco Jesus – Trompete
Edgar Marques – Trompa
Miguel Moutinho – Trombone
Antero Ávila – Tuba
Martim Silva – Castanholas
Coros:
Coro José Damião de Almeida
Grupo Etnográfico da Beira
Coro do Norte Grande
Coro de Santo Amaro
Coro da Ribeira Seca
Coro de Santo Antão
Coro da Calheta
Coro da Beira
Coro do Topo
Fonte: https://www.culturacores.azores.gov.pt/agenda/default.aspx?id=38502
