Um interessante programa que nos fala da saudade, do medo e da esperança, composto por autores ibéricos e italianos dos séculos XVII e XVIII, tais como Sebastián Duron, Lorenzo Romero, Monteverdi ou Giulio Caccini.
Numa conjugação mágica entre a voz, o cravo e a harpa ibérica de duas ordens, um concerto intimista e com muito afecti pela talentosa Maria Bayley, formada em teclados medievais pela prestigiada Schola cantorum Basiliensis (Suiça).
Canto/cravo e harpa ibérica: Maria Bayley
Maria Bayley
Começou o seu percurso musical no Instituto Gregoriano de Lisboa, estudando cravo com Cristiano Holtz. Licenciou-se em cravo no Conservatório Real de Haia (Países Baixos) na classe de Jacques Ogg. Obteve o mestrado em teclados medievais e renascentistas na Schola Cantorum Basiliensis (Suíça) com Corina Marti, e o mestrado em canto na especialização de ensemble de música antiga com Ildikó Hajnal e Vitali Rozynko no Conservatório de Tilburg (Países Baixos). Estudou harpa barroca como segundo instrumento em ambos mestrados, com Emma Huysser e Heidrun Rosenzweig respectivamente. Concluiu o mestrado em teoria da música antiga no Conservatório Real de Haia, tendo efectuado o estágio integrado nestes estudos na Escola Superior de Música de Lisboa, leccionando dois semestres da disciplina de Interpretação Histórica.
Como solista, obteve o primeiro prémio no concurso de cravo Carlos Seixas (2005), no Concurso Nacional de Cravo (2008) e no prémio Jovens Intérpretes de Música Antiga (2012). Apresentou-se em concerto em vários festivais, incluindo os encontros da Fundação Alemã de Clavicórdio (Bad Krozingen, Alemanha), o Ciclo de Música Antiga de Valência (Espanha), o Ciclo Art et Leonhard (Basileia, Suíça), entre outros. Com o ensemble Heptachordum obteve o primeiro lugar na categoria de ensemble barroco no Prémio Jovens Músicos (2012).
Colabora com ensembles como o La Academia de los Nocturnos, Palma Choralis, Cantores Sancti Gregorii, O Bando de Surunyo, Bach Koor Holland, La Danserye & Capella Prolationum, Chiavette Consort, entre outros. Tocou também com a Orquestra XXI.
Foi co-organizadora do II Encontro de Teclados Medievais na Holanda (2013). É vice-directora da associação Ars Hispana, dedicada à investigação e edição de música espanhola.
Fundou o ensemble Ars Lusitana em 2011, dedicado à interpretação de repertório maioritariamente português, e com o qual realizou vários workshops de polifonia Renascentista. É também membro fundador do Ensemble 258, dedicado à performance de música Barroca, e cantora residente na Academia de Polifonia Espanhola em Pastrana.
Presentemente, é estudante de Doutoramento na Universidade de Coimbra.
Info e reservas de lugar: 261 320 760 | cultura@cm-tvedras.pt
Pelo terceiro ano consecutivo, o Festival de Música Antiga de Torres Vedras apresenta-se novamente ao serviço da cultura e da comunidade torreense, dando a conhecer o importante património histórico do concelho.Conscientes que vivemos tempos de grandes desafios, este festival é, sem duvida, um evento que traz energia positiva ao nosso quotidiano. Numa versão mais reduzida no que respeita ao número de concertos e atividades e respeitando todas as restrições e normas implementadas pela DGS, este festival sugere-nos, uma vez mais, uma autêntica viagem ao passado, numa deliciosa degustação de sonoridades, cores e texturas musicais, respeitando e revitalizando os espaços históricos onde se apresentam os concertos.Torres Vedras, é dotada de um património impar, desde o litoral ao interior do concelho. Assim, nesta terceira edição, composta por três concertos e duas atividades pedagógicas, assistiremos a um compromisso e um diálogo bastante dinâmico entre o passado e o presente, dando a conhecer instrumentos tão distantes como a viola da gamba, o cravo ou a harpa ibérica.Numa prática historicamente informada, todos os concertos serão comentados e contextualizados. Música de prestigiados compositores do barroco e do renascimento como J.S.Bach, Telemann, Purcell, John Dowland ou Sebastián Durón, assim como a de vários compositores ibéricos, vai fazer-se ecoar em alguns dos espaços históricos mais emblemáticos do concelho.Respeitando a lotação permitida em cada espaço, será necessária a reserva de lugar e, por que este é um festival de "todos e para todos", os eventos serão transmitidos online.Revitalizando património, divulgando práticas, instrumentos e compositores, que este seja um festival de convergências e um contributo para uma sociedade mais sensível, mais positiva e mais dinâmica. Daniel Oliveira, Diretor artístico
Fonte: https://www.cm-tvedras.pt/agenda/detalhes/115295