"Conversa sobre um projeto fotográfico" _ Emergência366 _ A.Miranda | P.Pimenta Miranda e Pimenta são fotojornalistas do jornal Público. "Emergência366" é um livro de dois fotojornalistas que nunca ficaram confinados em casa. Pelo dever de informar, realizaram inúmeras reportagens durante 1 ano de pandemia. Viram e fotografaram um país a várias velocidades consoante o evoluir da doença e das funções sociais, económicas e laborais da população portuguesa. Os autores têm consciência que no mundo digital muita informação visual se vai perder irremediavelmente. Sabem que o suporte físico, neste caso um livro, é o melhor garante para a preservação da memória. Foi essa a ideia primeira. Contribuir para que em casa, nas bibliotecas, nos locais de trabalho, haja um livro (como já há outros) que nos mostrem os tempos em que vivemos. Será importante para as gerações futuras. Os autores constataram o que é um país confinado por exemplo em teletrabalho e outro a ir para o seus locais de trabalho. Muitas pessoas continuaram a sair de casa, apanhar transportes públicos. Outros ficaram confinados às suas 4 paredes. Os mais velhos foram protegidos pelas instituições que os acolhem. O país não fechou. Continuou o seu ritmo, ou melhor, procurou manter o ritmo. Os autores sentiram de perto as emoções provocadas pela falta do contacto físico, do convívio, do direito a reunião, do direito à circulação. Sentiram de perto as linhas vermelhas e as primeiras linhas. A pressão nos hospitais, o sofrimento e a exaustão. A despedida. Emergência366 é um livro que nos ajuda a aprender. O que sabemos hoje por testemunhos escritos e visuais da Pneumónica no inicio do sec. XX, serviu para nos ajudar a resolver certas questões na pandemia actual por exemplo. Tudo o que fica é importante e é uma ferramenta poderosa para se analisar e estudar. Mal de nós se não tínhamos descoberto as pinturas rupestres. Ainda bem que o tempo as preservou. Emergencia366 é um livro de autor, sem apoios nem fins lucrativos. São as pessoas que conhecem os autores e o seu trabalho desenvolvido ao longo de anos, que contribuem com a compra antecipada. Compram o livro “às cegas”, ou seja, sem o ver e poder avaliar. É um acto de coragem e confiança. E Adriano Miranda e Paulo Pimenta só têm que agradecer e estar à altura do compromisso. Sem o apoio das pessoas o livro não irá ver a luz do dia. Ficará na gaveta porque não há nenhuma instituição ou empresa que o apoie. Mas o ritmo de adesão tem sido elevado o que leva os autores a estarem confiantes que o objectivo vai ser alcançado muito em breve. O prefácio será do poeta Jorge Velhote. Para quem quiser contribuir basta enviar um email para emergencia366@gmail.com que os autores explicaram todo o procedimento. A sessão será transmitida: 1- LIVE na página do MIRA FORUM do facebook 2 - ZOOM https://zoom.us/j/95331914368?pwd=NndINjd5bnpsN044Q3RxOEhWa1BaUT09 ID da reunião: 953 3191 4368 Senha de acesso: 415910 NOTAS BIOGRÁFICAS Adriano Miranda nasceu em Aveiro. Formado em Fotografia pela AR.CO em Lisboa, é fotojornalista e cronista no jornal PÚBLICO. Foi editor de Fotografia durante 4 anos na redação de Lisboa e neste momento exerce as suas funções na redação do Porto. Professor no AR.CO, CENJOR, ESMAD, IPCI e Faculdade de Jornalismo. Além do fotojornalismo dedica-se também à fotografia documental tendo já uma vasta obra publicada como por exemplo Timor, da Assírio e Alvim, Aveiro em Papel Salgado da Assírio e Alvim, 121212 da Quidnovi, Zona de Intervenção da Expo 98, In Havana Out da CM de Lisboa, Carvão de Aço da CM de Castelo de Paiva, Projecto Troika, Dever de Memória da CM de Viseu, A voz do Dão da CM de Viseu, 15 anos de Fotojornalismo do Público, 30 anos de Fotojornalismo do Público, São Pessoas, Everiday Covid… Paulo Pimenta é fotojornalista do jornal Público. Recebeu o 1º Prémio de Fotojornalismo Estação Imagem em 2012 e tem recebido vários prémios de Fotojornalismo, tanto da Estação Imagem até 2017, e recentemente o Prémio Internacional de Fotografia Peironcely, em Madrid. É autor do livro “São pessoas” em co-autoria com o fotojornalista Adriano Miranda. O seu trabalho tem figurado em diversas publicações institucionais. Tem um vasto trabalho de colaboração com companhias de dança e teatro, destacando-se a companhia de Pina Baush, e Companhia Olga Roriz, Teatro Crinabel em registo fotográfico, obra publicada e cenografia. Para Fez apresentações públicas do seu trabalho, no TedX Matosinhos, sendo também docente convidado pela FBAUP/FLUP. Integra inúmeros projectos multidisplinares de ventente social, de luta contra a pobreza, integração, comunidade e património com entidades como a Gulbenkian, Direção Geral das Artes, autarquias e ONGs