Testemunhámos de perto as rotinas de idosos institucionalizados.
Disponibilizámo-nos a simplesmente estar, sem grandes perguntas, nem invasões, a ouvir mesmo sem entender, a procurar olhar para lá do que se vê. Observámos aquele universo, muito particular, sabendo que eventualmente um dia faremos parte do mesmo, se o corpo resistir.
Vivemos numa tensão entre a permanência e a transitoriedade na vida e uma total impotência face à nossa condição de finitude.
Esta criação reflete sobre a nossa relação com a dimensão temporal, colocando em conflito o frenesim do homem contemporâneo e a imediatez de tudo, com o tempo do idoso e a sua necessidade de hábitos que, incorporados à vida, se tornam poesia do quotidiano, parecendo estabelecer uma relação continuada e duradoura com o mundo.
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