Chegou o momento de viajar até às nossas origens latinas. Partimos do clássico satírico “O Burro de Ouro” de Lucius Apuleius. Este é o único romance latino da antiguidade que sobreviveu na íntegra e um dos mais antigos textos e referências da prosa ocidental. A obra trata do poder das transformações num mundo em constante metamorfose. Vivemos atualmente tempos de grandes mudanças em que (quase) tudo o que se vive é posto em causa. Neste atual confinamento, tal Lúcio confinado em Burro, urge uma renovada consciência e metamorfose coletiva, na maneira de pensar e agir. Através da incrível odisseia de Lucius, podemos acompanhar a viagem ao maravilhoso e ao mítico, porque a esse tempo nos conduzem as peripécias do jovem ansioso por conhecer as artes mágicas, bem como a própria condição de asno a que se vê submetido. Este Asno de Ouro revela-se, assim e agora, como um exemplo de uma catarse necessária, uma carnavalização representada pela tendência de oposição à norma, uso do instinto, revolta, crítica, em suma, uma negação de valores maiores ou socialmente aceites.
Texto original - Lucius Apuleius Versão Cénica, Encenação e Direção Plástica - Luciano Amarelo Interpretação - Diogo Freitas e Luciano Amarelo Música - Miguel Cordeiro Adereços - Simone dos Prazeres Figurinos: O Capote - Trajes Complementos Visuais através de Projeção de Vídeo - Manuel Borges Cartaz - Lynx Tungur Operação de Som e apoio técnico - Daniel Simão Produção Executiva, Desenho de Luz, Operação de Luz e Fotografia - Alexandre Costa Coprodução - Teatro Municipal da Guarda
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.