A 3.ª edição da TRAÇA - Mostra de Filmes de Arquivos Familiares vai mapear as ligações (históricas e quotidianas) entre Marvila e Alvalade – territórios que, apesar de contíguos, estão em parte desenhados para voltarem as costas um ao outro. Vai ser de 19 a 25 de outubro, aqui: www.traca-arquivo.com - um sítio que é também um mapa (para ser usado). Todos os dias será lançado um novo percurso desenhado a partir do mapeamento da circulação dos moradores de Marvila e Alvalade, um percurso que pode ao mesmo tempo ser seguido online e no chão. No centro desta rede de percursos estarão dois pontos permanentes que indicam o sítio (de facto, no chão) onde estará montada a exposição MURAL, resultado da residência que a curadora Maria do Mar Fazenda fez neste arquivo de filmes de família. MURAL estará instalado a partir de 19 de outubro, em dois espaços: na interseção das ruas Epifânio Dias, Domingos Bontempo, Eduardo Noronha, em Alvalade, e na praceta da Rua Mário Botas, em frente à Biblioteca de Marvila. Do lado de Alvalade uma praceta sem nome, do lado de Marvila, uma rotunda no centro de um baldio. MURAL conta com a participação de José Diogo Goncalves (filmagem e desenho da estrutura), Bruno Caracol (construção), André Guedes, Carla Filipe, Fernanda Fragateiro, Filipe André Alves e Ramiro Guerreiro (intervenções), Francisca Lima (desenho gráfico) e Maria do Mar Fazenda (curadoria). Da residência desta curadora no arquivo resulta também MONTAGEM, compilação de fragmentos de filmes de família que organizou em quatro blocos e funciona como uma espécie de texto curatorial – que será comentada pela curadora (e por alguns dos artistas com quem trabalhou) em vários pontos do mapa desta edição. Ao longo da semana desta 3ª TRAÇA serão vistos estes fragmentos, mas também os filmes dos quais foram retirados, alguns dos quais foram entregues a Jorge Silva Melo, Margarida Cardoso, Raquel André, Sofia Dinger, Sofia Dias & Vítor Roriz, artistas que já fazem parte da família da TRAÇA e foram convidados a voltar a remexer neste arquivo, para o expandir. Os filmes e as projeções comentadas que resultam desta interação serão publicadas ao longo da semana desta 3ª edição. O programa integra ainda duas mesas de trabalho (transformadas em cadavre exquis) sobre problemas de cidade - “mapa e habitação” e “trauma e território” - que contam com a participação das investigadoras Francesca Berardi, Maria Ramalho, e também professoras Teresa Castro e Teresa Valsassina Heitor, do arquitecto Rui Mendes, do psicanalista Vasco Santos. Integra também três percursos de autocarro – que teríamos feito juntos – são remediados por Ana Almeida, Ana Vala, Maria Mire, alunas e professora da escola Ar.Co (vizinha de Xabregas). E a projeção do filme Swagatam, de Catarina Alves Costa, no local virtual onde foi feito (rara oportunidade para rever este filme de 1998). E estará cheio das vozes, as imagens (às vezes em forma de memória, outras vezes de imaginação) dos moradores de Marvila e Alvalade. É uma espécie de arquivo do que teria sido a TRAÇA. Um sítio que é também um mapa – para ser usado no chão. #arquivomunicipaldelisboa #amemóriadacidade #videoteca #traça #mostradefilmes #arquivosfamiliares #cinema #LisboaPatrimónioCultural