Entrada: 8€ a 15€ Bilhetes disponíveis online: https://saoluiz.bol.pt/ Sala Luis Miguel Cintra ⟡ Primeira Dama Apresentação de ‘Superstar Desilusão’ Nome ainda jovem mas já com lugar cativo nas fileiras do populado e revitalizador cancioneiro português dos últimos 10, 15 anos, Manuel Lourenço chega ao São Luiz com um novo álbum e uma formação de seis músicos, assente numa cumplicidade já com anos e que é também a chamada banda Xita – que revisitou no ano transacto o repertório de Primeira Dama e Lena d’Água – e que conta com António Queiroz no baixo, Inês Matos na guitarra, João Raposo nas teclas, voz e electrónica, Vera Vera-Cruz também nas teclas e voz e Martim Brito na bateria, com Manuel a comandar as palavras. Isto, três anos volvidos desde o seu álbum homónimo e quatro da estreia com ‘Histórias por Contar’. Dessas primeiras histórias ao teclado, assentes num som reverberado e langoroso, chegou em apenas um ano à luminosidade e confiança de ‘Primeira Dama’, disco onde era revelado um maior cuidado nos arranjos e na escrita, cada vez mais transparente e assumidamente sua, com contribuição técnica e carinhosa preciosa do cada vez mais omnipresente Filipe Sambado – cumplicidade que se estende à presença de Manuel nos Acompanhantes de Luxo – e de João Sarnadas tcp Coelho Radioactivo. Por essa lógica de ideias, ‘Superstar Desilusão’ vem reforçar ainda mais o contributo de Primeira Dama para o mosaico das canções em português. Com produção do próprio com Gonçalo Formiga dos Cave Story e auxílio de Bejaflor na produção das vozes, este novo disco a ser aqui apresentado é o primeiro gravado com banda, o que resulta num som mais cheio, vivo e exultante. A enredar os instintos pop de Primeira Dama com uma filiação indie rock que tanto se revê nas canções de Sebadoh, Guided by Voices ou Stereolab iniciais como na memória da Bee Keeper, onde camadas de teclados se levam no movimento das guitarras para deixar a harmonia eterna da adolescência resplandecer. BS ⟡ Alek Rein Parecendo que não, e num momento em que tempo parece ter parado e 2020 se consome a si mesmo, passaram já quatro anos desde ‘Mirror Lane’. Disco com edição da ZDB, de gestação longa que nos deixou canções como ‘River of Doom’ ou ‘Vermillion Bird of the South’ – “In the clouds!” – a ecoar até hoje e afirmou definitivamente Alexandre Rendeiro como mensageiro do onírico, em palavras e sons, dez anos após a estreia promissora e muito solitária de ‘Gemini’. Álbum com um som de banda bem coeso, entregava o psicadelismo à eternidade da canção para daí divagar pelos mesmos sonhos que inspiraram gente como Syd Barrett, “Skip” Spence ou Faine Jade com aquela união simbiótica dos Crazy Horse ou Fairport Convention. Referências mais ou menos arquetípicas de uma música sem tempo nem espaço definidos, imune ao zeitgeist da cultura popular. Ao longo destes anos, Rendeiro tem vindo calma e paulatinamente, como se pede a uma música tão desalinhada com a pressa rotineira, a desenhar novas canções de um aguardado novo álbum, ao mesmo que tempo que se assume como um dos Acompanhantes de Luxo de Filipe Sambado e milita nos também feéricos Sun Blossoms. Destes últimos, trouxe para este seu novo quarteto o baixo de Alexandre Fernandes, a que se juntam nesta nova encarnação a bateria de Humberto Dias – também dos Hércules – e uma segunda guitarra e voz de Martim Seabra também conhecido por Fisherman. Encarnação que deu forma a um aguardado novo álbum com edição para breve e do qual irão ser aqui apresentadas já algumas coordenadas. O escapismo quando dele o precisamos. BS