"Contos de Lisboa propõe encontrar uma forma de entender o arquivo não como algo estático, mas pelo contrário como algo em mutação. Um arquivo que provoque uma releitura da história da cidade e das suas identidades, a memória dos seus territórios, dos seus processos de resistência e afirmação. Um arquivo que mostra uma cidade que se reivindica também por se reinventar. Quando em 2009 Mónica de Miranda iniciou a recoleção de fotografias criando um arquivo visual dos bairros limítrofes de Lisboa foi como se antecipasse a sua desaparição. Bairros como o Talude, Azinhaga dos Besouros, Fim do Mundo, Mira Loures, 6 de Maio e outros foram retratados pela artista. Todos estes bairros surgiram na denominada Estrada Militar, um conjunto de fortificações construída no final do século XIX, que constituía a linha de defesa da Cidade de Lisboa que deveria proteger a capital de invasões militares externas." Texto do curador Bruno Leitão ******************* A artista e investigadora Mónica de Miranda circunscreve o seu trabalho em temas de arqueologia urbana e geografias pessoais, relatando vivências e contingências sociais, urbanísticas e culturais. Esta mostra permite ver outros lugares dentro da cidade, citando e ficcionando uma Lisboa menos visível, que se tem mantido distanciada da construção / transformação mais alargada da urbe. A exposição tem a curadoria de Bruno Leitão e Sofia Castro, e apresenta um conjunto de obras, fotografias e vídeos, que espelham o valor destes lugares que inspiram e desafiam, que questionam os contornos entre territórios, nas dimensões geográfica e humana. Esta exposição reabriu ao público a 18 de maio, respeitando as orientações da Direção Geral da Saúde, com as seguintes medidas de funcionamento definidas para contenção da pandemia causada pelo Covid-19: * Horário de visitas entre as 13h30 e as 16h30; * Lotação máxima de 5 visitantes em simultâneo; * Controlo de entradas; * Desinfeção de mãos à entrada e uso obrigatório de máscara; * Desinfeção dos equipamentos audiovisuais no final de cada visita. Exposição: até 03 de outubro Arquivo Municipal de Lisboa, Fotográfico Telefone: 218 844 060 ENTRADA LIVRE