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Concerto de Natal

Concerto de Natal

Para assinalar a quadra natalícia, a conceituada soprano Sara Braga Simões e o pianista Helder Marques, membro do Ensemble Darcos, que tem acompanhado algumas das mais destacadas cantoras portuguesas, interpretam canções de Natal e outras, de autores diversos mas maioritariamente portugueses, desde as melodias populares harmonizadas por Lopes-Graça ou por Fauré até à singela e universal Stille Nacht de Gruber.

V. da Mota (1868 – 1948)
Olhos negros; Pastoral; Canção perdida

E. Thomaz de Lima (1908 – 1989)
Duas canções para canto e piano:
1. Com calma e docemente – Vivo
2. Moderato

E. Carrapatoso (n. 1962)
Duas porcelanas musicais: O chorinho de mê filh’Antônio; O Natal da Nônô

N. Côrte-Real (n. 1971)
Tenho o nome de uma flor Tu já tinhas um nome Impetuoso

J. Massenet (1842 – 1912)
Noël des fleurs

C. Chaminade (1857 – 1944)
Le Noel des oiseaux

G. Fauré (1845 – 1924)
Noël

F. Lopes-Graça (1906 – 1994)
Quatro Cantos do Natal
I. Ó meu menino Jesus
II. Vinde Pastores
III. Estando a Virgem
IV. Ó meu menino tão lindo

J. Arroyo (1861 – 1930)
Árvore do Natal


G. Fauré (1845 – 1924)
Noël des enfants (cantique populaire)

F. Gruber (1787 – 1863)
Stille Nacht

A. Adam (1803 – 1856)
Cantique de Noel

Soprano: Sara Braga Simões
Piano: Helder Marques

"A Música fala por si – mas será que ainda nos diz alguma coisa? É inegável que, na atualidade, a vida musical vive uma vida anacrónica, concentrada nos repertórios do passado e nas mesmas obras que são tocadas repetidamente. Essa existência extemporânea, desfasada da realidade atual, converteu o espetáculo musical numa experiência museológica. Mas, e a música de hoje? E os compositores vivos? Há uma desproporção gritante entre a ínfima quantidade de obras modernas programadas e a abundância de obras canónicas eternamente repisadas. Imagine-se uma vida literária em que continuássemos obsessivamente a editar e ler Balzac, Camilo ou Victor Hugo, e desprezássemos o António Lobo Antunes, a Hélia Correia, o José Luís Peixoto!Posto isto, gostava de deixar aqui um alerta para a necessidade urgente da música da tradição clássica se reinventar e se aproximar do espírito universal e eclético que hoje nos define. Filha de Mnemosine, a música é a arte do tempo por excelência, e exprime exemplarmente o tempo da memória e da nostalgia humana, mas para nós que estamos vivos, o tempo conjuga-se no presente. Não no passado, nem no futuro, mas no presente. Os devaneios futuristas de Wagner ou as quimeras proféticas de Schoenberg, não passam disso mesmo, utopias, mas na realidade refletem as aspirações do espírito progressista que definia a sua época e a sua atualidade. Sejamos também nós atuais, sejamos modernos e reinventemos um presente à nossa imagem. Quando olhamos para o passado vemos que a música deu provas de uma constante renovação, soube acompanhar o devir das sociedades e participar na construção do real. Dos tempos revolucionários de Beethoven, ao decadentismo fin de siècle da época de Debussy, a música foi efetivamente uma arte do presente e soube construir a sua própria contemporaneidade.A programação da Temporada Darcos 2020 reflete o nosso modesto contributo para des-ritualizar e revitalizar a vida musical, através do cruzamento de géneros, das fusões e da renúncia ao complexo de austeridade (ou antes, complexo de complexidade) que afetou negativamente a arte musical a partir de meados do século XX. Esta edição atravessará fronteiras – Hungria, Inglaterra e Itália – e incluirá uma série de concertos com grupos e solistas tão prestigiados como o Ensemble Darcos, a Orquestra da Ópera Estatal da Hungria, a Orquestra da Toscana, Ana Quintans, Sérgio Azevedo ou Maria João, entre muitos outros. O meu desejo é que esta década que agora começa nos possa trazer novos ventos e transformar a música atual num «novo classicismo», um classicismo irreverente, um classicismo Pop, um fenómeno fresco e sedutor que possa reanimar a vida musical e, quem sabe, lançar a semente do futuro." Nuno Côrte-Real, diretor artístico

Direção Artística: Nuno Côrte-Real
Consultor: Afonso Miranda
Textos: Susana Duarte
Produção Executiva: Sofia Teixeira
Assistente de Produção: Ricardo Ventura
Coordenação de Projetos: Manuel Lima
Relações Públicas e Assessoria de Imprensa: Débora Pereira
Contabilidade: Luís Silvestre
Imagem gráfica: Olga Moreira (a partir de fotografias de Jorge Carmona)
Comunicação e Imagem: Câmara Municipal de Torres Vedras

Organização
Câmara Municipal de Torres Vedras | Teatro-Cine de Torres Vedras | Temporada DarcosEstrutura financiada por
Ministério da Cultura | DGArtesApoio Institucional
Câmara Municipal de Lisboa | Câmara Municipal de Alenquer | Camões - Instituto da Cooperação e da LínguaParceiros
CCB | ISEG - Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa | Museu do DinheiroApoio à Divulgação
Antena 2 | Turismo de Lisboa | Turismo Centro Portugal Hotel Oficial
Hotel Golf Mar Apoio
Oeste Portugal | Dolce CampoReal Lisboa

Fonte: https://www.cm-tvedras.pt/agenda/detalhes/102660
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