Titanic Sur Mer
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O BAILE #2 11 ABRIL 23:00 - 06:00 :: Maria Reis :: Iguanas :: Vaiapraia :: Le Cirque du ƒreak Maria Reis Maria Reis lançou o seu novo disco “Chove na Sala, Água nos Olhos” na recta final de 2019. Sucede ao EP “Maria” de há dois Verões, na Cafetra Records, e a um percurso de sonho vivido nas Pega Monstro. Tem também colaborado com nomes como Sara Graça, Joana da Conceição, Gabriel Ferrandini, Miguel Abras ou Rudi Brito em concertos, apresentações artísticas multimediais, edição de música e de poesia. “Chove na Sala, Água nos Olhos” chega-nos maravilhoso, curto e directo, animado de dúvidas e sentenças que a sua experiência achou nas acções humanas, expressas em breves e elegantes canções. O sensato e o ridículo, as alegrias e as tristezas, as melodias e os ritmos, as costuras e os arranjos, muito nesta primorosa colecção da Maria nos mostra o seu dom de incidir sobre aquele núcleo permanente, atemporal da realidade humana. E daí decorre a sua identidade e admirável actualidade. :: facebook.com/Maria-Reis-100405304803980/ :: cafetrarecords.bandcamp.com/album/chove-na-sala-gua-nos-olhos Iguanas Duo da Cafetra Records que com maior clarividência deixa exposta toda a boa onda da vivência urbana miscigenada e multicultural que se abate sobre a capital nos melhores dias, Iguanas alinham aquela sensibilidade pop bem descarnada de Lourenço Crespo presente em 'Nove Canções' com a sapiência de produção e beatmaking de Leonardo Bindilatti aka Rabu Mazda. Mesmo que aqui as coisas não aconteçam na matemática da justaposição mas antes no compromisso orgânico e potenciador da sinergia, algutinando uma multiplicidade de linguagens que refractam a pop, o r&b, o rap, o footwork ou a house numa teia de hooks, palavras e batidas de visão singular tão esperta quanto honesta. Face ao Verão de 2013 de 'Doce' a névoa narcótica e vagamente impenetrável que se abatia sobre essa estreia, naquele dilúvio de efeitos que permeava hinos estivais como 'Kinky Lady' ou 'Gelado', dissipou-se agora numa clareza de processos igualmente densa mas que põe em evidencia todo o potencial e frescura destas canções. Canções que na sua respiração abrem vista panorâmica sobre a vivência concreta, o mundano encarado com a street smart e o anseio natural daqueles anos que se seguem à adolescência. 'Namorado' a deixar logo essa ideia patente enquanto discorre os vícios normais de uma relação sob os sons de tarola da 909 e uma cascata de sintetizadores resplandecentes. Pequenos acontecimentos da recorrência quotidiana espelhados no ambiente efusivo de 'Novela' ou no balanço rítmico de 'Amigo' e que em 'Queridos' se enredam numa jinga quase doo wop pejada de sopros. A celebração do tédio de 'Mais Que Dez' em ambiente house, sob a qual palpita um certo desespero latente. O ócio que se alimenta de si próprio. Tangencialmente 'Não Faças Mal' pede emprestada a mesma cadência do piano para um momento tão terno quanto extático. O final deixa-nos a candura contemplativa de 'Vento Forte', como quem projecta r&b no crepúsculo. Como mais um daqueles dias ng aparentemente singelos a circular pela cidade que vão deixando memória. 'Lua Cheia' é como que a playlist disso mesmo. E tão necessária quanto isso. :: cafetrarecords.bandcamp.com/album/lua-cheia :: facebook.com/iiiguanasss/ Vaiapraia Rodrigo Vaiapraia é um artista transdisciplinar autodidata nascido em Setúbal. Começa a compor e a tocar canções ao vivo em 2013. No ano seguinte, edita enquanto Vaiapraia um EP a solo na Experimentáculo Records. Entre 2014 e 2018 a sua música passa a ser um exercício de amor partilhado em trio, emergindo o formato “Vaiapraia e As Rainhas do Baile” (Shelley Barradas, Helena Fagundes, Lucía Vives e Ana Farinha). Em trio, edita o LP de estreia “1755” (Spring Toast Records, 2016), um herdeiro directo e assumido dos movimentos punk riot grrrl e queercore aclamado por publicações como Público, Blitz ou Time Out. A fanzine que acompanha o álbum, complementando-o com experiências visuais e escritas, merece uma recensão da revista americana Maximum RocknRoll. Passando por festivais como o Super Bock Super Rock ou o Milhões de Festa, assim como por bares, manifestações e espaços autogeridos, salas como o Lux Frágil, ZDB e Maus Hábitos ou até por galerias e museus (MNAC, CAAC de Sevilha), as actuações ao vivo não são apenas uma oportunidade para expor as canções: são também um momento para criar comunidade, seja qual for a geografia ou a situação. Com a mesma missiva, Vaiapraia é um dos fundadores da agência/promotora/produtora Maternidade e do Rama Em Flor (festival comunitário feminista queer). Colabora pontualmente com a Plataforma 285 enquanto performer e escreve para cinema com o realizador Tomás Paula Marques. :: vaiapraia.bandcamp.com :: facebook.com/Vaiapraia/ :: instagram.com/vaiapraia/ Le Cirque du ƒreak Herdeiros directos do mítico Joaquim António de Aguiar (mata frades para os amigos), e oriundos da Sé Velha de Coimbra, os Le Cirque du freak são um duo composto por Johnny Gil e Sérgio Costa. Especialistas em festa rija, os seus sets são uma viagem entre o soul, afro funk & afro beat, groove, disco, world music e um pouco de rock sujo, sempre acompanhados por uma pitada de bizarrice. Devem ser servidos como aperitivo ou digestivo, uma verdadeira iguaria para apreciadores de bebidas espirituosas. :: mixcloud.com/eastsideradiolx/le-cirque-du-freak-9-may-2019/ :::::::: 11 ABRIL, das 23h:00 até às 06:00 :::::::: 8eur até à 1h / 10eur Dizia-se antigamente que o baile era uma reunião formal onde se dançava. Ora como nós, na Toca das Artes, gostamos de dançar mas sem formalidades… Lançámos em 2019 “O BAILE”, uma reunião livre em que músicos e DJs apelam à conciliação do movimento com os sentidos através de música com género para tirar o pé do chão. Depois da primeira edição dedicada à música Cabo Verdiana, chega O Baile #2 no Titanic Sur Mer.
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