Lavoisier é formado por Roberto Afonso e Patrícia Relvas. Nasce da necessidade interior de criar um diálogo, onde a expressão musical é elevada ao seu expoente mais sensível. A estadia em Berlim, entre 2009 e 2013, criou-lhes um novo olhar e, com a distância, chegou a inevitável “saudade”. Depois de consolidar conceptualmente o projecto na antropofagia adoptada pelos Tropicalistas brasileiros nos anos 70, o primeiro passo para a sua aproximação à música tradicional portuguesa teve origem no trabalho de recolha musical, levado a cabo por Michel Giacometti e Fernando Lopes Graça. Foi através desses registos que se apaixonaram pelo canto do povo português e conheceram as suas maiores fontes de inspiração que são, afinal, as suas próprias raízes. E foi com esse espírito que começou a jornada de Lavoisier, rumo a uma maior percepção da essência musical, onde a dualidade liberdade/responsabilidade é inerente à célebre frase: "Na Natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma...". Este projecto tem sido apresentado ao vivo em Portugal, Alemanha, Holanda, Dinamarca, França, Itália e Brasil, levando assim o exploratório da música portuguesa para o mundo. Participando em diversos festivais, Lavoisier trabalha também com artistas plásticos no âmbito da performance e composição para teatro contemporâneo, estreando-se em salas como o Teatro Nacional Dona Maria II em Lisboa ou o Teatro Nacional São João no Porto. Contam com três trabalhos fonográficos editados, todos eles através de edições de autor.