Começando pelo devido enquadramento histórico e económico, é na segunda metade do século XIX com o abanão que a industrialização deu à sociedade portuguesa, nomeadamente com a introdução do vapor como "burro de carga" do processo fabril e mercantil, aumento da produção e necessidade de escoamento de bens, que se começa a sentir a necessidade de apostar na via férrea, emprestando assim a ideia a países como a Inglaterra. Impulsionado pela vontade da burguesia do Vale do Douro, que todo o interesse teria em expandir o seu mercados vitivinícola, associado aos interesses de Nuestros Hermanos em exportar os seus produtos da lavoura, conjugam-se esforços financeiros para a construção de uma via directa entre o interior da península e o porto de Leixões. A sua construção tem inícios a 8 de Julho de Mil Nove e Setenta e dois, e demarca a construção do troço Campanhã - Ermesinde, percurso partilhado com a linha do Minho. A 8 de Julho de Mil Nove e Setenta e três dá-se início a construção do percurso entre Ermesinde e Penafiel, tendo sido decretada abertura à exploração no ano de mil nove e setenta e cinco do referido troço. Agora sim, iriam começar as grandes dificuldades na construção. Várias linhas de água, rios e ribeiros teriam que ser atravessados, entre Sousa e Tâmega, até à chegada à Pala. A partir desta localidade, toda a linha será construída sobranceira ao Rio Douro. Grande parte do caminho de ferro é gravado em vertentes e paredões graníticos e xistosos à base da picareta e dinamite. As obras de arte construídas em grande parte com a rocha extraída da escavação da própria linha, ainda hoje são a prova da qualidade do trabalhos dos nossos antepassados. O comboio chega à Régua, um importante entreposto comercial, a 15 de Julho de Mil Nove e Setenta e Nova e ao Pinhão cerca de um ano depois. A construção do troço final até à fronteira é decretado a 23 de Julho de Mil Nove e Oitenta e Três, enquanto ainda se reunião esforços financeiros do lado espanhol para a construção nos planaltos de Castela (evento: Rota dos Túneis ). As linhas cruzariam a fronteira em Barca d'Alva na confluência dos rios Douro e Águeda. O troço entre Pinhão e Tua é inaugurado a 1 de Setembro de Mil nove e oitente e três e Tua - Pocinho a 10 de Janeiro de mil nove e oitenta e sete, sendo o rio Douro atravessado por ela aqui, passado o restante percurso da linha para a margem esqueda do rio. A 8 de Dezembro, graças ao movimento de capitais e interesses nacionais, é concluída a linha entre Salamanca e Águeda, um troço que colocou à prova a força do ser humano pela dificuldade de construção - considerada uma autêntica via férrea alpina - principalmente no percurso entre La Fregeneda e Barca d'Alva. Voltando ao lado de cá da fronteira, é a 9 de Dezembro de Mil nove e oitenta e sete que é aberto à exploração o troço Pocinho - Barca d'Alva. Não falarei no declínio e encerramento do troço pois será certamente tema de conversa. ######################################################### O Programa (a afinar) 7:30/8:00 - Saída do Porto de Autocarro; 8:30 - Paragem em Penafiel para entrada de gente do monte; 10:30 - Chegada a Vila Nova de Foz Côa (Museu); 11:00 - Lanche/Mata bicho - a combinar entre todos; 12:00 - Arranque da caminhada - concentração na estação do Côa; 15:00 - Paragem para mata bicho; 18:30 - Chega a Barca d'Alva 19:30/20:00 - Jantar num pequeno restaurante já conhecido da malta; 21:30 - Regresso à metrópole. Recomendações - Trata-se de um percurso com mais de 90% de caminho em linha e rocha solta, daí ser importante levar calçado adequado ou botas de caminhada; - Levar bastante água e/ou outros líquidos; - Evitar levar leggings pois passamos por muitas zonas com "mato maldoso"; - Levar powerbank; - Mais uma vez, O CALÇADO É MT IMPORTANTE; - Levar chapéu e protector solar. - ESTRITAMENTE PROIBIDO LEVAR ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO! Inscrições As inscrições deverão ser feitas no grupo privado do WhatsApp e só serão válidas após confirmação pelo host Catarino Vilaça