A poderosa exploração experimental do pianista e compositor afro-americano Julius Eastman (1940-1990) foi redescoberta e tem sido cada vez mais apresentado nos últimos tempos. Depois de tocar com o vanguardista SEM Ensemble, com Morton Feldman, John Cage e Pauline Oliveros, ou colaborar com Meredith Monk, Eastman começou a concentrar-se nas suas próprias composições. Os seus sons hipnóticos, em que Eastman incorporou uma variedade de elementos improvisacionais e expressionistas, derrubou convenções das tendências minimalistas estabelecidas.
Afro-descendente e gay, os títulos de algumas das suas composições – Nigger Fagot, Crazy Nigger, Gay Guerilla e If You So Smart, Why Aren’t You Rich? – são um confronto público e social agressivo, contrapondo com as obras em si, muitas vezes meditativas e intelectualmente estimulantes. São peças que falam por si, quando se trata de desafiar ortodoxias sérias.
O quarteto de pianistas suiços Kukuruz Quartet – composto por Duri Collenberg, Lukas Rickli, Philip Bartels e Simone Kellet – continua a sua exploração em torno da música política pós-minimalista de Julius Eastman, compositor e pianistas que a BoCA apresenta pela primeira vez em Portugal.
Os Kukuruz Quartet tocarão também, depois do concerto de obras do afro-americano Julius Eastman, a peça Quartet No.10 do compositor suiço Marcel Zaes.
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