LINHA TGV é o novo ciclo de concertos que levará ao Teatro Gil Vicente algumas das propostas mais interessantes da música contemporânea. Na sua noite de estreia a LINHA TGV estende o Teatro Gil Vicente até ao Salão Nobre da Câmara Municipal de Barcelos, onde irá receber as melodias minimalistas de Marco Franco ao piano. Logo de seguida, o palco do Teatro Gil Vicente terá a estreia absoluta de Dada Garbeck em Barcelos. Para abrilhantar o serão, o foyer do Teatro Gil Vicente receberá ainda os desenhos de Marco Franco. / SALÃO NOBRE // Marco Franco é sem dúvida uma das mais destacadas figuras do jazz e da música improvisada em Portugal, onde a bateria sempre teve o papel de principal instrumento para composição e interpretação. No final de 2016 começaram a surgir sinais de que o músico estaria prestes a dar passos numa direção algo inesperada. Mudra tinha sido preparado em segredo, uma nova vida ao piano, como se tudo começasse do zero - novas ideias e novas regras. Autodidacta, lançou-se ao piano para nos brindar com um disco sensível, de linguagem minimalista, de um virtuosismo da melhor espécie: aquele que nos faz acreditar que algo assim é fácil de fazer. / TGV // Dada Garbeck é uma espécie de acumulador. Rui Souza, instrumentista e compositor de vários projetos nacionais, tem agora em mãos algo a que possa chamar seu. Temas que não foram pensados nem estruturados mas que foram aparecendo naturalmente, ao longo dos anos. O resultado é The Ever Coming, um interessante disco de estreia em que Rui Souza abraça a electrónica e os sintetizadores e em que se fundem as linguagens da música pop e da música erudita. O palco do Teatro Gil Vicente terá o prazer de receber a apresentação deste trabalho, naquela que será uma brilhante noite de inauguração da programação da LINHA TGV. / FOYER // Em simultâneo com o concerto para piano, inaugurará a exposição de desenhos da autoria de Marco Franco, realizados, a maioria, em gestos rápidos e seriados sobre diferentes suportes. Os desenhos compreendem um conjunto de registos gráficos, feitos de modo compulsivo, quase caligráfico, e estimulam o visitante a várias reflexões, sobre os mais esotéricos temas da música - a saber, entre eles, a representatividade da natureza. A música antecipou-se às artes visuais libertar-se mais cedo da representação objetiva da natureza, ou de algo ouvido directamente dela, tendo-se fixado nos domínios do exercício abstrato e seus significados. Por sua vez, a composição na pintura e no desenho, apesar da proximidade dos muitos paralelismos com a música, demorou mais tempo a desligar-se do referente natural e a compreender os elementos oriundos da expressão cósmica e espiritual da arte. Assim num diagrama perfeitamente enquadrado na grelha moderna, Marco Franco vai criando registos gráficos, seriados, dentro de um carácter métrico e mecânico, que evidenciam a realidade sensível do musico, habituado à ordem compassiva da notação musical. 21:30 / Marco Franco 22:45 / Dada Garbeck A exposição de Marco Franco estará no foyer do Teatro Gil Vicente a partir das 21h, até o fecho do Teatro. Entrada Gratuita
